sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Os males e as tribulações da vida


“E não somente isto, mas também nos gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5:3-4).

Em nossos dias, somos frequentemente confrontados por adversidades que muitas vezes afetam o nosso relacionamento interpessoal, em nosso trabalho, na nossa vida familiar, ou mesmo, entre os amigos. Momentos desfavoráveis que provam a nossa fé e nos ocasionam sentimentos indesejados – tristeza, desânimo, pesar, solidão – e por vezes, não respondemos de forma positiva a estas sensações.

No entanto, a alegria por conquistas materiais tem-se evidenciado como verdadeira sensação de bem-estar. Quando estamos vivendo em momentos de gozo e abundância, o relacionamento com Deus parece estar em dia. O Cristão sente-se mais estimulado na fé, mais animado, bem como propenso a realizar boas obras. De outro modo, quando percebemos que os problemas e os reveses começam a interferir em nossa jornada, ”paramos“; paramos de adorar, paramos de buscar a face do Senhor e ao mesmo tempo, de agradecermos pela graça e misericórdia de Deus, em nossas preciosas vidas. A alegria dá lugar a tristeza, a fé às dúvidas e lamentações e a disposição de servir a Deus, se apaga.

A Bíblia nos deixa claro que “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento (Eclesiastes 9:2). Mas também nos exorta, através da Epístola do apóstolo Paulo aos Filipenses “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade". (Filipenses 4:12 ).
Por tanto, “tudo sucede igualmente a todos”;  as tribulações sucedem tanto aos Cristãos, como aos que não professam a sua fé em Cristo. Outrossim, como evidenciado na Epístola aos Filipenses, é possível nos regozijarmos diante dos diversos acontecimentos em nossas vidas, sejam eles bons ou maus. As tribulações, além de fazer-nos mais fortes, solidificam a nossa fé, através da PERSEVERANÇA “e a Perseverança, Experiência” (Rm 5: 4a).

Todavia, “aquele que se isola, insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Provérbios 18:1). Para que possamos enfrentar as adversidades diárias é necessário que tenhamos perseverança, e buscarmos constantemente a sabedoria em Deus. Saberemos, então, como se portar diante das dificuldades, e nos mantermos firmes e equilibrados. Cristo, por tanto, nos garante “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). 

Do mesmo modo, também nos afirma “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” (João 14:1-2). Deus não faz acepção de pessoas, não escolhendo, neste caso, quem será agraciado com o seu infinito amor, porque “as suas misericórdias não tem fim” (Lamentações 3:22).

A promessa que temos é que “no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão, no recôndito do seu tabernáculo me acolherá e elevar-me-á sobre uma rocha” (Salmo 27:5). É certo, que mesmo no recôndito, no lugar mais profundo ou desconhecido, Deus estará conosco e nos acolherá com os Seus braços, enxugando cada uma de nossas lágrimas e nos fortalecendo a cada momento difícil em nossas vidas.

Contudo, é necessário que diante de qualquer tribulação, recorramos àquele que é galardoador dos que o buscam. As crises e as tribulações desenvolvem e REVELAM a nossa Fé; revelam aquilo que está dentro de nós, isto é, a maneira em que crescemos cada dia mais é através de provas, como nós reagimos e como nós obedecemos aos princípios da Palavra.

Nesse sentido, que as tribulações não sejam um mal que interfira em nossa comunhão com Deus, mas que seja posta apenas como um desafio superável, para que em cada manhã um novo sol possa brilhar em nossas vidas, pois “em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37).

“Porquanto, da mesma maneira como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, igualmente por meio de Cristo transborda nossa consolação” (II Corintios 1:5).


No amor de Cristo,

Williams Martinho

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