segunda-feira, 30 de novembro de 2015

VOCÊ CONHECE SEUS PRÓPRIOS DEFEITOS?




"Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que me são ocultos." - (Sl 19:12)


          Certamente, em uma reunião de família ou amigos, você já foi "convocado" para falar o que achava daquela pessoa que estava sentada do seu lado, abordando defeitos e virtudes da mesma. Mas, já percebeu o quanto é difícil termos a precisão de identificar nossos defeitos?
          No versículo tema citado acima, o salmista (Davi) faz um questionamento que é fruto do salmo 19 desde o seu princípio. Durante este lindo salmo, Davi é categórico em afirmar que sem a leitura e o entendimento da Palavra de Deus não podemos ter quaisquer conclusões, pois não temos uma base firme para elas. Em resumo, Davi quis dizer que não há como um homem enxergar seus pecados se não ler a bíblia. Parece até ser uma coisa óbvia, mas não é. Quanto mais você lê a bíblia, mais você enxerga a própria identidade. Esse salmo é tão profundo que, à medida que lemos ele, vamos tendo consciência que não sabemos da extensão da graça de Deus na nossa vida. Nem você e nem eu podemos mensurar ou quantificar o quanto Deus foi e é gracioso para conosco. No verso 8 deste mesmo salmo, também vemos que “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.” (Sl 19:7). Na simplicidade e na humildade, ganhamos sabedoria de Deus e caminhamos sabendo quem realmente somos e quem realmente Ele é. Como consequência, temos um relacionamento cada vez mais transparente com Deus. Sim, Ele sabe de todas as coisas, mas ama aquele que profere a verdade e tem prazer em prostrar-se diante Dele: “Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.” (Sl 19:13). O Senhor pede a nossa sinceridade e o fruto da sinceridade é o perdão dos pecados, das transgressões. Com isso tudo, aprendemos que “jogar a poeira embaixo do tapete” é um grande erro para com o Pai e com você mesmo. Quando admitimos nossas falhas diante de Deus não devemos nos sentir pesados e envergonhados, mas leves e jubilosos porque as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, como relatou o profeta Jeremias. Não vai faltar perdão pra você! O Senhor é rico em perdoar (Ef 2:4; Sl 86:5). 
         Espero, sinceramente, que dentro do seu coração não estejam sendo geradas condenações a si próprio, nem muito menos essas falhas estejam sendo guardadas e impregnadas em você. Busque falar com Deus orando e ouça Sua voz na leitura da Santa Palavra. No momento que nos refugiamos em Deus tudo prospera, pois Ele é o Detentor de todo o bem. Tenha Paz. Se incline a Cristo e invoque seu Nome. 
                                                                                                          Em Cristo, 
                                                                                                                                    Rafael S. Lima

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O tempo e a eternidade!

Salmo 90.12 "Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.”

Às vezes tenho a impressão de que esquecemos que um dia morreremos. Nossas agendas são lotadas. Todo o nosso tempo é devidamente preenchido de obrigações e mais obrigações. Levantamo-nos, não raramente, atrasados e com o sentimento de que as 24 horas do nosso dia não serão suficientes para cumprir as nossas responsabilidades. Dirigimo-nos aos nossos compromissos já preocupados com a próxima atividade a ser realizada. O relógio e a ansiedade nos controlam, em discordância das palavras do Senhor Jesus em Mateus 6.25: “não estejais ansiosos (...)”.

Estamos tão envolvidos com as ilusões desta vida, que não nos damos conta que já se passaram muitos anos do nosso novo nascimento e continuamos “crianças espirituais” (Hb.5.11-14). Há ainda alguns que leem este texto, que nem mesmo podem ser chamados de espirituais, vez que não foram resgatados da “vã maneira de viver” (1 Pe 1.18) e permanecem homens naturais (1 Co. 2.14 )).

A verdade é que nossos dias têm passado. A semana termina e não percebemos. Parece que ontem iniciávamos 2015, e eis nos aqui, nos preparando para 2016 (“Se o Senhor quiser (...)” - Tiago 4.13.15). A cada passo nos aproximamos da eternidade e é perceptível que poucas pessoas têm dado verdadeira importância a isso - os que não creem, porque estão cegos para a visão do que é eterno e os que creem, porque estão embaraçados buscando conquistar o que é transitório.

Sei que o conceito de eternidade é complexo para nós que somos a cada segundo regidos pelo tempo. Todavia, se não nos esforçarmos para compreendermos a nossa existência sob a ótica do eterno, não saberemos diariamente fazer as escolhas corretas.

A Bíblia nos compara a “relva que murcha”, as “flores do campo que caem” (Isaias 40.7-8), a “neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa” (Tg. 4.14) e mesmo assim não assimilamos quanta realidade existe nestes versículos.

O seu tempo tem fluído entre os dedos. Você tenta segurá-lo, mas ele se vai, levando consigo sua juventude, sua força, seus sonhos. Sua vida gira em torno de bens, títulos e de você mesmo (se parar para pensar no que lhe preocupa neste momento, verá que tenho razão e que o seu anseio pouco tem a ver com o Reino dos Céus).

 A fim de descansar do serviço, você decide gastar seu precioso e finito tempo em conversas desnecessárias e superficiais no WhatsApp, fazendo postagens no facebook ou outra rede social para atrair seguidores, curtidas e comentários que alimentam o seu ego, construindo ídolos e edificando castelos sobre a areia(que ruirão!!!), tão qual o homem insensato de Mt. 7.26.

A despeito da rotina de trabalho, crentes e incrédulos nunca se entretiveram tanto. Jogos, festas, filmes, novelas, relacionamentos precoces, pregações na Web (com heresias que vão de teologia da prosperidade à liberal) entorpecem os homens em detrimento da realidade espiritual.

Deixe-me demonstrar a minha afirmação com uma pergunta: o que você aprendeu acerca de Deus nesta manhã ao meditar na Palavra do Senhor (ou você “não teve tempo” para isso)?. Agora, de forma sincera, compare o conhecimento espiritual adquirido neste dia com a quantidade de informações vazias de qualquer valor eterno que você absorveu e o tempo gasto nas diversas formas de entretenimento da qual fez uso nas últimas horas. Deixarei que você mesmo conclua como tem sido insensato ao gastar o tempo que lhe foi entregue.

Precisamos remir o tempo, “porque os dias são maus” (Ef. 5.16). Use-o de modo agradável a Deus, a fim de que quando se aproximar o tempo de sua partida para a eternidade, você possa assim como o apóstolo Paulo - para quem o morrer era lucro (Fp. 1.21)- testemunhar “combati o bom combate, completei a carreira (...)” 2Tm. 4.7.

A exemplo do salmista, ore ao Senhor para que você entenda sua mortalidade, sua finitude, e alcance sabedoria para dedicar seus “setenta, ou oitenta” anos ao Senhor, pois se “a vida passa depressa, e nós voamos!”(Sl. 90.10), você precisa ter a certeza EM CRISTO de onde estará (desfrutando da graça ou sofrendo o “fogo que nunca se apaga” (Mc. 9.45-46)) na eternidade.

Lute contra as distrações que lhe subtraem o tempo e lhe distanciam de verdades eternas, como a realidade do inferno, a natureza do pecado e impossibilidade do homem salvar a si mesmo, tão combatidas e hostilizadas em nossos dias.

Se você não tem comido “o pão da preguiça” (Pv. 31.27), nem assumido maiores responsabilidades do que  pode  arcar, o seu tempo será suficiente para cumprir os propósitos do Senhor para o seu dia. No entanto, lembre-se que Ele não lhe deu tempo adicional para cumprir os propósitos do mundo, do inimigo e de sua carne. Então, se a sua falta de tempo tem impedido você de adorar a Deus, você terá que fazer renúncias.

Em nome de Jesus, escute-me: Você irá morrer. Esta é uma realidade iminente, mesmo que neste momento esta verdade pareça abstrata ou distante. Assim, analise o que realmente na sua vida tem valor eterno e faça seu investimento, ajuntando “tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mt. 6.20-21.

Reflita sobre a brevidade de sua vida. Alcance sabedoria. Viva para o que é eterno, de modo a não se arrepender, porque em um “abrir e fechar de olhos, a última trombeta soará.” (1Co.15.52).

Graça e paz,

Rose Oliveira



domingo, 22 de novembro de 2015

SEGUE-ME TIMÓTEO



2 Timóteo 2.2: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”.


             O tema abordado é de uma singularidade sem par. Na crise existencial que vive o puro e genuíno evangelho, o dever de discipular e transmitir os ensinos bíblicos torna-se demasiadamente negligenciado em nossas igrejas; a escassez de bons exemplos torna-se evidenciado ao passo que negligenciamos essa missão a nós outorgada. Quando o dever de discípular não é exercido esquecemos que isso também faz parte de uma grande comissão: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19).

              Na epístola em questão vê-se que Paulo, já sabendo que seria martirizado, se preocupa em exortar o jovem pastor da igreja de Éfeso a manter-se fiel ao testemunho de Cristo e ao do Apóstolo. O jovem Timóteo, por sua vez, passava por uma crise ferrenha em seu ministério, todavia, as lições e ensinos emanados pelo seu “pai na fé” eram mais ardorosos do que qualquer perseguição ou dificuldade encontrada por Timóteo. “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus”, 2 Tm 1:8”.
 
                Em Lucas 14:26-33 nos é narrada a história de um jovem que possuía um coração desejoso em seguir a Cristo, mas esse jovem esbarrou em um puro e sublime sentimento: os laços familiares. Esse jovem judeu que almejava seguir a Cristo, à primeira vista não desejava nada de errado; a questão é que Jesus não procura seguidores, Jesus procura discípulos e o verdadeiro discípulo é aquela pessoa disposta a carregar a Cruz que Cristo carregou. O “negar-se a si mesmo” é uma prática constante na vida do discípulo. Se você que lê essa texto não se acha capaz de renunciar algo em prol do evangelho, você é seguidor e não discípulo. 

             O propósito pelo qual Cristo nos chamou para sermos discípulos é para que nós também viéssemos a dar frutos: “e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (João 15.16b). Vê-se que o laço de união que aproxima o discípulo ao discipulador não é meramente sentimental, mas ambos tencionam um propósito magnífico de glorificar o Reino de Deus.

             “Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,” (2 Tm3.10). Voltemos a discutir a carta proposta: percebe-se que o viver de forma piedosa e íntegra diante de Deus é um requisito para que um discipulador forme um bom discípulo. Desse trecho também se obtêm a seguinte conclusão: Se nós que vivemos de forma digna diante do Senhor não formarmos discípulos, quem formará?

           Deve-se entender que no texto acima citado em Mateus 28.19, Jesus coloca em pé de igualdade duas missões: a primeira, ganhar o mundo; a segunda, abastecer a igreja e as posteriores gerações formando discípulos. Desejo a todos os leitores que amem a sua igreja e o Reino de Deus, que vivam de forma digna e piedosa e que tenham fervor em oração e doutrina para que um dia você possa dizer ao seu discípulo “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” ( 2 Timóteo 2.2).

Em amor,

Gustavo Guedes



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A ETERNIDADE E SOBERANIA DE DEUS



 “Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” “Mas o SENHOR nas alturas é mais poderoso do que o bramido das grandes águas, do que os poderosos vagalhões do mar.” (Sl 102:27 ; 93:4)        
Está além da nossa capacidade imaginar e compreender algo ou alguém que não tem fim e, que nem mesmo teve um começo, mas que controla todas as coisas, que as têm suas mãos, que tem poder absoluto sobre cada sistema que faz o mundo, o universo entrar em movimento. Contudo, vemos à luz da bíblia que exite um Ser que sempre existe: Deus, o Ser eterno e soberano!         
  Muitas vezes limitamos nossos olhos para enxergar apenas o material, e esquecemo-nos de olhar para o que está além de tudo aqui e, como consequência dessa autolimitação, não enxergamos Deus como Ser eterno e soberano.Temos que lembrar que não podemos tratar algo que não entendemos como inexistente, ou impossível de ser compreendido, mas sim reconhecer que temos que crer para conhecer e entender.  Entretanto, ainda teremos um conhecimento imperfeito, como Paulo afirma em 1Co 13:12b, “mas então conheceremos perfeitamente, como somos conhecidos por Deus.”     
A bíblia está repleta de afirmações que Deus é soberano e eterno, além de seus outros tantos atributos. Nas profecias de Apocalipse vemos claramente “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim.”(Ap 22:8). Ele começou, Ele terminará. Deus não se preocupa com o futuro, não! Ele o é. Ele não olha para o passado, Ele o é. Deus é Deus. Há um cântico que diz:“O meu Deus é eterno, eterno, eterno! Por amor a nós, Deus enviou Jesus e pregou sua eterna Verdade.” É fascinante e aprazível estudar a eternidade de Deus e, ao mesmo tempo complexo de se entender. “Ele é grande demais para que possamos conhecer; nós não podemos calcular quantos anos ele já viveu.”(Jó 36:26).  
A eternidade de Deus não é apenas uma longa extensão de tempo, porém muito mais profundo  que isso. Deus não sofre influência do tempo, não. Ele o domina, o tem em suas mãos. Deus é um ser ilimitado, sem conta, infinito, eterno, entre tantas outras definições. É importante não esquecermos que somos apenas meros seres limitados, Ele é grande, e nós pequenos, por isso somos necessitados da graça do Deus Todo-Poderoso.     Ele reina antes mesmo de criar os céus e a terra, antes de todos nós existirmos.”antes mesmo que Abraão existisse, EU SOU.”(Jo 8:58; Sl 90:2) Ele é soberano sobre sua criação, sobre cada ser. O Senhor reina de maneira que Sua grandiosidade está exposta nas maravilhas de Sua criação, na complexidade de cada ser criado por Ele. Sobre tudo Ele é Deus.        
O Senhor nos ensina, nos capacita para aprendermos, mas mesmo que não entendamos, temos que crer. A fé é essencial, pois sendo Deus eterno e misericordioso, ele nos dá a oportunidade de vivermos juntos com Ele na eternidade, na glória. Dá-nos a chance de vê-lo face a face, de entendê-lo e conhecê-lo mais do que conhecemos agora aqui. Para isso, precisamos fundamentar nossa vida em Cristo, e crer que Ele é a eternidade, que Ele é soberano, sobremodo que está acima de nós, com Seu poder absoluto e amor incondicional.         
De forma resumida e breve, gostaria apenas de lhes assegurar que Deus é eterno e que você pode viver ao lado dEle um dia! Portanto, irmãos, creiam que Deus é soberano, e creiam que Ele reina sobre suas vidas e as guia e Ele lhes conhecia antes mesmo de nascerem. O Senhor vos chama para vida eterna ao seu lado. CREIAM!     “Na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos...”(Tito 1:2)     Você tem a esperança de viver com Cristo em Sua eternidade? 
Em amor,  
Letícia de Oliveira Souza

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A ERA DO GELO



A era do gelo

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Mateus 24:12

Estamos vivendo no que podemos chamar de “pior época de cristãos que já existiu”, não porque os tempos atuais sejam piores do que o dos tempos de Noé, mas porque os “cristãos modernos” são meros frequentadores da igreja e a utilizam para seu proveito pessoal, como “sentirem-se bem”. Jesus já nos alertou que isso aconteceria, e de fato, estamos vivendo a era do gelo, onde o amor de muitos esfriou.

É de suma importância entendermos ao que de fato Jesus estava se referindo na passagem acima, pois muitos acreditam que os frios são os crentes que não gritam “glória e aleluia” nos cultos, não pulam, rodopiam, batem o pé, fazem aviãozinho, não falam em línguas e outras manifestações que nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, diga-se de passagem, tais manifestações não garantem que o tal que pratica seja um verdadeiro salvo em Cristo, pois muitos dos que fazem milagres e prodígios poderão ouvir a frase mais temível de todas, “apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade, pois nunca vos conheci”. (Mateus 7:23).

Mas então ao que Cristo está se referindo quando disse que o amor de muitos esfriará? Ali Jesus estava se referindo aos “cristãos” que não vivem de forma que O agrade, mas conforme suas concupiscências e acomodação, levando avante um cristianismo superficial e egoísta, desprovido de frutos e ação contínua do Espírito Santo, não de manifestações barulhentas produzida pela "carne"! Prova desta frieza espiritual é a banalização do pecado, que a igreja moderna tem abraçado com tanto afinco. Exemplo a ser citado é o divórcio, objeto do ódio de Deus (Malaquias 2: 16 “porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o divórcio [...]), antigamente mal visto até pela sociedade, hoje está sendo tratado como algo normal e aceitável dentro das igrejas. Aliás, como cresceu o número não só de cristãos divorciados e recasados como o de pastores vivendo essa mesma situação, é uma lástima!

Mas não é apenas isso, temos testemunhado uma geração de jovens cristãos vazios, mais interessados em “oba-oba” do que de se santificarem, lotam casas de show, viagens missionárias, congressos de jovens e retiros espirituais com intenções escusas, enquanto que os cultos de oração são os menos frequentados e a bíblia tem estado esquecida. É triste ver uma geração de jovens tão “carnais”, que não tem desejo profundo de estar com Deus, que não tem vida devocional, mas querem apenas uma vida de “encontros radicais”, mais para alimento da carne do que do espírito.

Não obstante, é notório também entre os mais maduros, a presença do interesse predominante em conseguir algo da parte de Deus, seja em bens materiais, paz de espírito ou, seja lá qual for seu vazio. As igrejas estão cheias de pessoas que lotam os templos apenas para dar uma satisfação ao pastor ou sociedade, é de cortar o coração saber que na maioria das vezes muitos estão lá só por estar, não há oferta de vida a Deus, não há adoração, não há anseio em desfrutar da maravilhosa presença do Criador. Pelo contrário, por vezes o ministro de louvor fica praticamente implorando para a igreja adorar, -“levantem as mãos”, “se derramem na presença de Senhor”, “adorem a Ele”-, é impossível alguém que já viveu uma experiência pessoal com Cristo não se derramar diante dEle.

Precisamos nos voltar para Deus, voltar ao primeiro amor, pedir pra que o Senhor derrame em nós desejo de estar na presença dEle, em oração, em leitura da palavra, em relacionamento. É costumeiro ouvir que Deus nos ama, mas e quanto a nós? Temos amado a Deus? A bíblia é clara em João 14: 21 “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que ama [...]” observe o que o texto diz, aquele que ama o Senhor “tem”, ou seja, conhece os mandamentos do Senhor, lê a palavra de Deus; e “guarda”, ou seja, pratica. Então aquele que diz que ama a Deus, conhece a Palavra de Deus e a pratica, se você não tem feito nada disso, você não ama a Deus.

Lembre-se, o amor de muitos esfriará e não de todos, que não estejamos no primeiro grupo, mas perseveremos em viver uma vida agradável a Deus, fazendo a diferença em tempos de crise e frieza espiritual. Que os nossos pés estejam firmados em Cristo, autor e consumador da nossa fé, e que a cada dia possamos crescer em relacionamento e comunhão com Deus.

Com a graça de Deus,

Márcio Montilari



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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

EXORTAÇÃO A SANTIDADE




“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Hebreus 12:14


     Ao falar sobre santidade nos deparamos com alguns questionamentos muito pessoais que nos deixa perplexos e inquietos, pois em todo o tempo as consequências das nossas ações, por vezes, nem sempre nos deixam satisfeitos com o nosso relacionamento com Deus. Isso nos faz refletir se estamos vivendo ou não em retidão para com o Senhor. Todas essas percepções confrontam nossa consciência e nos faz sentir que não podemos jamais alcançar o padrão estabelecido por Deus para a santidade. Porque parece impossível se tornar alguém perfeito, provido de uma espiritualidade superior, haja vista que vivemos em uma sociedade decadente, insensível para as coisas de Deus, pervertida e muito distante de atender os princípios divinos.

     O que é santidade? Etimologicamente a palavra é originada do hebraico Kadosh. Não se trata de ler a bíblia com entusiasmo, frequentar os cultos religiosamente e orar sem cessar. Santidade significa honrar a Deus pela nossa vida através de atitudes que o glorifiquem. É viver no mundo, mas não andar como o mundo anda. É lutar contra a carne e se separar para Deus. A santidade não se restringe ao corpo apenas, no vestir, no olhar, mas no agir, no falar, etc. O homem que vive em santidade é separado dos costumes mundanos (tudo o que é mau e corrompido) e de tudo que é contrário à vontade de Deus. O livro de Romanos no capítulo que segue, sob o conselho de Paulo, traça um contraste entre dois tipos de vida. Ele nos direciona a pensar no caminho a seguir para cumprir a santificação desejada por Deus: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita a lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.Romanos 8:5-8. 

     A pessoa que tem uma vida dominada pela carne é escrava do pecado, busca se alimentar e satisfazer os seus próprios desejos desconsiderando a vontade divina. Se tornou inimiga de Deus, não pode agradá-lo e o seu fim é a morte espiritual. Enquanto que o homem que se deixa ser dominado pelo Espírito não tem desejos próprios, a vontade de Cristo é sua única lei, assim sendo terá paz e vida. O que significa viver uma vida em santidade? A princípio santidade requer renúncia. Quem deseja viver em santidade deve antes conhecer, obedecer e cumprir a lei de Deus. Ficar longe da imoralidade sexual, do adultério, de toda conduta desprezível e resistir às tentações da vida. Como e onde buscar a santidade? Deus é a fonte da santidade. Através da oração, da consagração, do louvor e da leitura diária da palavra: "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade." João 17.17

     Porque devemos ser santos? Por várias razões, uma delas é agradar o coração de Deus: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;" Efésios 1:4. Leia-se também em 1 Tessalonicenses 4.3-8 “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundície, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo” 

     Mesmo cometendo os mesmos pecados será que Deus nos perdoa e ainda somos considerados santos? “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Provérbios 28. 13. Se o homem continua no caminho da desobediência não pode ser considerado santo diante de Deus. É preciso abandonar as práticas ilícitas para obter o perdão de Deus, que sempre está disposto a nos perdoar. Porém não devemos abusar de Sua misericórdia. Temos necessidades físicas e espirituais e por isso incorremos em erros e somos desafiados a viver uma vida equilibrada. Contudo há esperança para crermos que embora falhemos por causa das nossas fraquezas e imperfeições, o Senhor nos sonda (examina mente e coração) e contempla os nossos pensamentos e intenções e sabe que nos entristecemos e arrependidos verdadeiramente, nos voltamos para Ele com vestes santas, como o sumo sacerdote, cuja cabeça está a mitra (turbante) com lâmina de ouro gravada com os dizeres: "SANTIDADE AO SENHOR".

      Se é santo porque é nascido de novo, nova criatura, separado por Deus e para Deus. É possível viver uma vida santa e só assim poder contemplar o Senhor na Sua glória. Deus não exige de nós perfeição, seu intento é nos moldar, é fazer com que nos esforcemos para obedecê-lo, observando, atentando e cumprindo a Sua palavra para uma vida em santidade. Ele quer nos fazer capazes de acreditar que somos santos como Ele é: “Porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo.” 1Pedro 1.16



Ígor Queiroz

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DE LIBERAR PERDÃO


“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.” (Lucas 17:3, 4)

                        Perdoar é uma atitude das mais sublimes, porém é uma das mais difíceis de exercer, principalmente quando somos ofendidos pelos mais distantes do nosso rol de relacionamentos. A falta de perdão tem sido uma tendência crescente na grande maioria da humanidade, onde o ódio prevalece e o amor silencia, onde o rancor consome e o perdão é esquecido. Entretanto, o verdadeiro cristão à luz da Palavra de Deus, como no texto base, precisa primeiro ter cautela para não ser ofensor e, quando ofendido, estar disposto a liberar perdão a todo aquele que se mostra arrependido. Mas qual deve ser a atitude para com aquele que não se arrepende e porque é tão importante praticar o perdão?
                        Primeiramente é importante frisar que, embora o texto base fale sobre perdoar sete vezes no dia, não há limite para o perdão. Cristo ao ser argumentado por Pedro sobre quantas vezes é necessário perdoar aquele que cometer pecado contra ele, responde: “não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18:21, 22) É necessário que haja disposição para perdoar inúmeras vezes, sem impor limite ao exercício do perdão, como muitas vezes fazemos com os reincidentes. Não obstante, é necessário seguir o exemplo de Cristo, “sendo benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros”, pois “assim como Cristo vos perdoou, assim fazeis vós também”. (Efésio 4:32; Colossenses 3:13) A prática do perdão é seguir os passos do nosso maior exemplo, Jesus Cristo!
                        A importância de liberar perdão é corroborada por Cristo na oração do Pai Nosso, quando pedimos que as nossas dívidas sejam perdoadas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido (Mateus 6:12), ou seja, “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:14, 15) Conseguiram perceber a gravidade de não liberar perdão ao próximo?! Como poderemos pedir para que Deus perdoe os nossos pecados se nós não estamos dispostos a perdoar?!
                        A falta de perdão provoca a ira, a cólera e o rancor, que são efeitos nocivos à vida física e espiritual do homem, enquanto que o seu exercício é resultado de amor, benignidade e misericórdia para com os outros. Pois se alguém disser que “ama a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, não pode amar a Deus, a quem não vê”. (1 João 4:20) Portanto, só é possível amar nosso irmão se não tivermos nada contra ele. Desta forma, como pode alguém amar a Deus se não consegue ao menos liberar perdão ao seu irmão? Para isso é necessário primeiro reconciliar com o nosso irmão para que possamos ofertar o nosso amor genuíno a Deus. Não só o amor, mas qualquer que seja a nossa oferta a Deus só é possível se primeiro houver reconciliação. (Mateus 5:24)
                        Perdoar não é se esquecer, mas é viver com a lembrança sem sentir dor. É curar do mal que corrói as emoções e que destrói a alma. É reconhecer a importância de seguir os passos de Cristo. É reconciliar com o próximo, mas também é reconciliar com Deus.
                        Siga o exemplo de Cristo! Seja qual for a ofensa, não hesite em liberar perdão. Vá até o seu irmão e reconcilie com ele. Peça a Deus para que possas agir com sabedoria, compartilhando do amor insondável de Cristo, pois amados, “se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” (1 João 4:11, 12)


Rodolpho Soares

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

AMBIÇÕES DESTRUTIVAS


Depois disseram: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra.” (Gênesis 11.4) 

                        A ambição é uma semente na alma do homem que quando germina gera destruição, se não controlada a tempo torna-se um vício incontrolável pelo poder e prestígio levando o homem à destruição. A ambição nos cega e distorce os nossos valores, Deus não tolera, não tolerou antes e nunca vai tolerar. Babel: Chama-se Babel, que significa confusão. Aqueles que buscam ter um grande nome, normalmente, acabam confusos e com um nome ruim (Comentário Bíblico, Bíblia de Estudo Matthew Henry, Editora Central Gospel). Onde começou a rebelião humana, não aceitaram nem reconheceram o seu lugar no projeto de Deus. 
                        Deus tinha dado uma ordem divina a Noé e sua família “Sede fecundos e multiplicai-vos; povoai a terra e multiplicai-vos nela” (Gênesis 9.7), mas os homens não deram ouvidos e preferiram manterem-se juntos e não espalhados. "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra. (Gênesis 11.4) Para eles permanecerem juntos, era bom aos seus olhos, mas Deus tinha dado uma ordem para espalharem. Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra.” (Gênesis 9:1) Vimos nesses exemplos como a ambição deixa o homem cego, a ambição é um enorme passo para longe da presença de Deus e um pequeno passo para a destruição. Quando o homem se distancia dos propósitos de Deus ele só encontra confusão e destruição. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Marcos 8:35,36) 
                        Vamos deixar nossos sonhos de lado e buscar os projetos de Deus para as nossas vidas. Quantas vezes fazemos de tudo para alcançar um sonho, mas para agradar a Deus e fazer a sua vontade não temos o mesmo empenho? Tenho certeza que feliz é o homem que faz a vontade de Deus e o segue. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (Mateus 16:25) 
                        Muitos dizem vá em busca de realizar os seus sonhos, a Bíblia nos fala, renuncie a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me, siga a Cristo, olhe para Cristo, almeje o que Cristo almeja. Quando buscamos nossos prazeres e nossas vontades esquecendo do propósito de Deus para as nossas vidas acabamos destruídos. Não permita que as ambições destrutivas criem raízes dentro de seu coração, pois “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida.” (Provérbios 4:23) 
                        Se você que ambicionar algo, almeje ser semelhante a Cristo, Paulo almejava isso tanto é que proferiu essas palavras Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. (1 Coríntios 11:1) Não queira viver uma vida para no final dizer: conquistei todos os meus sonhos, viva sua vida para no final falar “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Timóteo 4:7,8) 

Busque uma vida plena no caminho que leva a Cristo. 

Bruno Alves de Lima Melo

sábado, 7 de novembro de 2015

A fé que vai além das sensações


A fé que vai além das sensações

Duas pessoas conversavam entre si quando uma afirmou: “eu sabia que era a presença de Deus, eu pude sentir, meus pelos se arrepiaram, senti um frio na espinha, a emoção tomou conta do meu ser, passei a chorar e tive a certeza, era a presença de Deus em nosso meio”. Semelhantemente ao trecho antecedente, é comum ouvirmos as seguintes expressões: “Que reunião abençoada! Tive várias sensações acerca de Deus e Sua presença”; “Ah, tenho certeza de que tal decisão é a correta porque senti paz”; “Pude ver vários sinais neste dia sobre a vontade de Deus em minha vida: choveu, fez sol, tal irmão “profetizou” para mim e etc...”; “Não estou sentindo a presença de Deus, será que Ele me deixou?”.

O que fazer quando nossa vivência cristã está baseada em sensações? O que as afirmações acima têm a ver com fé? Vejamos. O cristianismo, ao longo dos séculos, sofreu a influência das mais diversas crenças, dentre estas àquelas que impõem ao adepto a necessidade de sentir. É preciso ver, abraçar, apalpar, materializar. É indispensável perceber através dos sentidos para que seja real, do contrário não é válido.

O sincretismo religioso (fusão de diferentes doutrinas) é facilmente encontrado nos diversos segmentos da cristandade atual, é de espantar a quantidade de cristãos escravos de seus sentimentos, que dão à Bíblia um lugar secundário ao prestígio de suas próprias sensações. Maior prova desta realidade são as letras das músicas ditas cristãs, em seus teores encontraremos: “quero sentir”; “quero ver”; “me abrace, me toque, me olhe”.

Pois bem. A Bíblia diz que somente podemos ser salvos e, portanto, próximos de Deus, por meio da fé, e isto não vem de nós, é um dom Dele (Ef, 2:8), afirma ainda que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb, 11:6), bem como que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb, 11:1). Esta última passagem ampara toda a expressão bíblica de fé, fé não é ver, não é sentir, não é se arrepiar, não é chorar... A fé implica uma atitude essencialmente racional: CRER.

Perceba, não temos controle sobre as nossas sensações, elas variam muito facilmente e rapidamente diante das circunstâncias e experiências da vida, mas quanto à decisão de crer, esta prevalece diante dos eventos mais adversos, diante dos sentimentos mais obscuros, das situações mais incomuns, eu posso continuar crendo! "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação". (Hc 3: 17-18).

Àquele que baseia sua vida cristã em sentimentos, esquece-se do que diz a Palavra de Deus em Jeremias, 17:9: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”. Comumente encontramos pessoas que, amparadas em suas sensações, vivem e agem em desconformidade com a Bíblia, dando lugar a um cristianismo subjetivista e puramente emocional. Eis aí um grande perigo.

A fé bíblica, genuína e pura tem por fundamento a Palavra revelada de Deus, não se amolda às circunstâncias, mas se apoia no que é imutável, inerrante e perfeito: a Bíblia! Ainda que na minha carne eu não obtenha sensações que evidenciem a presença de Deus em mim, seja por momentos de frieza espiritual ou enfrentamento de tribulações, eu continuo crendo que Ele está comigo, porque Ele disse que estaria: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt, 28:20).

Quando tudo parece perdido, quando as circunstâncias sobrevêm contra mim, quando meu coração palpita sensações e confusão, eu posso fitar meus olhos na Palavra de Deus e crer no que nela está contido! Simplesmente crer!

Por outro lado, não sejamos extremistas. Não negamos a possibilidade de que o espiritual reflita no material, que em dado momento o Senhor nos conceda a graça de senti-Lo, de contemplá-Lo, de que desfrutemos, na carne, a materialidade da alegria em Cristo, da paz que excede todo o entendimento e outros sentimentos produzidos pelo Espírito em nós. Entretanto, minha fé não pode estar baseada nestas experiências, as aflições deste mundo poderão tirar-me, ainda que momentaneamente, a sensibilidade de tais coisas, mas a minha fé manterá minhas convicções firmes.

Minhas sensações podem levar-me a duvidar da realidade de Deus e da confiabilidade de Sua Palavra, a fé genuína não, esta tem por fundamento a verdade revelada e me leva a ver o invisível, ouvir o inaudível e crer no incrível!

“É a presença real de Deus, e não a sensação da presença, que gera Cristo em nós. A sensação da presença é possível e um dom formidável, e agradecemos quando recebemos, é só isso” (C. S. Lewis em “Cartas a uma Senhora americana”).

O justo viverá da fé e, se recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hb, 10:38). Assim sendo, Deus nos chama para viver pela fé, sob uma atitude mental e racional de crer além das sensações, além da humanidade, além do possível e razoável ao homem natural. Caminharemos para a maturidade espiritual quando soubermos nos firmar em Cristo e em Sua Palavra, não em sentimentos ou subjetivismos. Que o Senhor nos ajude!

Pela graça de Deus,


Carol Montilari.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

VOCÊ É FELIZ?


"Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos."
(Filipenses 4:4)

     Essa pergunta é muito simples e qualquer um pode fazê-la para alguém. Mas, quando esse alguém sou eu? Será essa pergunta fácil de ser respondida de forma satisfatória? Não são os problemas da engenharia, os desafios da medicina ou até mesmo a explicação de um fenômeno climático as maiores questões da humanidade. A pergunta mais intrigante para uma pessoa hoje é acerca da sua felicidade. Qualquer um fala, quando questionado e sem tanta demora, sobre os problemas do mundo já conhecidos citados acima. Porém, quando o assunto é felicidade, existe um silêncio perturbador na hora de responder. O porquê disso? Para entendermos, precisamos saber o que é a felicidade, o que ela faz e de onde ela vem.
       No versículo que abre esse texto, o apóstolo Paulo escrevendo aos Filipenses faz uma ordenança inspirado pelo Espírito Santo de Deus: "Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, regozijai-vos". A palavra regozijar traz a ideia da pessoa praticar um estímulo interno para ser contente e feliz. Isso é grandioso! Porque Paulo nesse trecho de sua carta, durante o capítulo 4, retira a influência de fatores externos para a definição do estado de alegria. Sim, estado. Porque ESTAR feliz pode ser a ilusão da euforia durante um jogo de futebol, o momento em que se recebe o salário do mês ou uma noite de balada com os amigos. E SER feliz é um estado, pois é uma maneira de viver. A felicidade bíblica e verdadeira não são coisas e nem condições. A felicidade é uma pessoa. A felicidade é Jesus! Essa alegria que é uma fonte infindável faz proezas e maravilhas em todos aqueles que A têm. A bíblia diz que "O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate" (Pv 15:13) e que "O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos" (Pv 17:22). Ter Jesus em nosso ser traz saúde para o corpo e para alma. Trata de dentro para fora. Dá uma nova vida, um novo vigor e nos deixa até mais belos. O apóstolo Paulo continua dizendo aos filipenses: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus" (Filipenses 4:6,7). O que acontece ao nosso redor não deve nos descontrolar e desviar o nosso foco. Devemos orar e suplicar a Deus com AÇÕES DE GRAÇAS. Isso mesmo, para pedirmos em oração ao Senhor devemos reconhecer o que ele já fez antes. A felicidade é uma consequência da gratidão, por isso Jesus deu um modelo de oração (Pai Nosso- Lc 11:2,4) no qual é identificada uma essência de agradecimento e reconhecimento ao tempo que se suplica. Quer ser feliz? Saiba quem é Deus e o que ele já tem feito. Paulo ainda diz que a Paz de Deus guardará nossos corações e pensamentos em Cristo, em qualquer momento. O que ele quer dizer? Que situações mudam, mas Cristo não. Cristo é alegria, é segurança, é salvação, é o próprio Deus. E se mantivermos nossos olhos nEle, o que está fora não interferirá no que está dentro. Disse Jesus: "Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem" (Mc 7:15). Aqui ele fala da nutrição de falsos ensinamentos, mas, pelo o que vimos até aqui na bíblia, não podemos dizer que colocar a felicidade como um produto do nosso meio é um falso ensinamento? Claro que é, e isso é o que mais se propaga nesse mundo.
      Gostaria aqui de fazer um apelo para você que está lendo essa breve meditação sobre felicidade. Não sei como está a sua vida, mas espero que ela esteja firmada no senhorio de Cristo e em sua graça sem fim. Se assim não estiver, convido você a pensar nesses ensinos bíblicos e a reconhecer Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida. Acatando Sua palavra (a bíblia) como única regra de fé e prática para todos os dias da sua vida. Se sua resposta for sim, digite um "amém" nos comentários do post e estaremos orando e falando com você.

Pelo infinito favor de Deus em Cristo,
Rafael Lima

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SAUDADE!

Há uma canção que diz “Ah, que saudade, que saudade de ouvir tua voz ao entardecer, (...) se eu pudesse, voltaria atrás, e não faria novamente o que fiz, troquei minha comunhão, pela escuridão da noite, em trevas tornei os meus dias”. 

          Na vida é comum nos arrependermos de atitudes praticadas, ficando na nossa mente a certeza de que se houvesse possibilidade de voltar atrás, a decisão seria outra. Para nós, cristãos, o arrependimento, geralmente, se refere à prática do pecado, a escolhas que nos afastam da presença de Deus, nos deixando a sensação de saudade descrita pelo autor da composição mencionada. Algumas vezes o afastamento da vontade de Deus é facilmente perceptível, haja vista tratar-se de uma obstinação deliberada em fazer o que desagrada ao Senhor. Todos tentam pará-lo e mesmo assim o cristão escolhe realizar as práticas do velho homem, ferindo mandamentos bíblicos, seja entrando em relacionamento em jugo desigual (2 Co. 6.14), afastando-se do corpo de Cristo (Hb. 10. 24-25), frequentando ambientes indevidos, andando em más companhias (Ef. 5,7), proferindo palavras impróprias (Cl. 3.8-9) ou mesmo traindo os votos de fidelidade conjugal (Pv. 5) feitos perante Deus. Em outras vezes, no entanto, o afastamento da vontade do Senhor não é visível à igreja, porque continuamos no meio do povo de Deus, culto após culto, fazendo as atividades que sempre fizemos, ensinando em escola bíblica, pregando, aconselhando, todavia, concomitantemente, relegando a comunhão com Deus a um segundo plano, aos dias em que nossa agenda a comporta. E assim, sem orar, sem meditar continuamente nas escrituras, adentramos em um declínio espiritual, visto “apenas” por Aquele que sonda mente e coração. 

        Enfraquecemos espiritualmente, em cumprimento a verdade contida em João 15 (“sem mim nada podeis fazer”) e começamos a perceber que nossa postura está refletindo quem de fato encontra-se vencendo a guerra entre carne e Espírito. 

        Quando sinceramente nos indagamos como chegamos àquela situação de frieza espiritual, a resposta é quase audível em nosso pensamento: Negligência. Desprezamos a comunhão diária com Deus, a fim de atendermos as demandas do cotidiano. Sacrificamos a nossa vida espiritual objetivando cumprir prazos, superar metas, agradar pessoas e satisfazer as nossas comodidades. Lentamente, vamos trocando a visão do que é eterno pela ótica do que é transitório, enxergando como prioridade, ocupações triviais ou mesmo relevantes, mas que nunca deveriam assumir o controle de nossos dias. 

             A verdade é que se não cultivamos a nossa relação com o Deus Triúno, os padrões deste mundo começam a de forma assombrosa encontrar espaço em nosso coração, de modo que não obstante tenhamos consciência de que não vale a pena deixar a comunhão com Ele, nossas escolhas e agendas diárias demonstram o contrário, evidenciando o que o Senhor pronunciou em Jr. 2.13, “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água”. 

        Se você se encontra nessa situação, já tendo vivido dias de grande alegria na presença do Senhor, em que você tratava sua vida espiritual como um tesouro precioso, “não diga: ‘Por que os dias do passado foram melhores que os de hoje?’ Pois não é sábio fazer tais perguntas”(Ec 7:10), antes, arrependa-se e volte. Volte para a casa de seu Pai, para Aquele que está de braços abertos, pronto a lhe dar vestes limpas e colocar um anel em seu dedo como prova de que lhe quer como filho (Lc. 15.11-32). 

           Confie na promessa de Deus mencionada em Jr. 29. 13, “e buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” Fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus (2 Tm.2.1), ponha a armadura de Deus (Ef. 6), tenha disciplina, fique aos pés do Mestre (Lc. 10.42). Reserve tempo para restaurar sua vida espiritual e persevere nisso. Apegue-se a sua Bíblia novamente, leia sem obrigações outras, senão ouvir a voz de seu Deus. Clame por Ele, implore a Sua presença, peça ajuda ao Espírito Santo (Rm 8:26). Faça uma “auditoria” em sua vida e esteja disposto a dispensar o secundário, a abdicar de relacionamentos que te distanciam de Deus (Mt. 5.29-30). A despeito de sua vontade, retome os evangelismos (O Senhor tratará contigo, enquanto você anuncia as boas-novas aos outros). Busque ajuda junto ao corpo de Cristo, aqueles que foram feitos seus irmãos consoante à Adoção (Gl. 4.5). 

               Se a saudade da comunhão com Deus tem doído em seu coração, é indicativo de que já é hora de voltar! Lembre-se, você conhece o caminho (Jo. 14.6) e o Sumo Sacerdote continua a interceder por você (Hb.7.24). Sua vida (e a minha) só faz sentido se Deus estiver no centro. Caso contrário, resumir-se-á a “vaidade de vaidades” (Ec. 1.2). 

            Então, o que está esperando? “Volte, ó Israel, para o Senhor, o seu Deus” (Os. 14.1), volte ao primeiro amor (Ap. 2.4-5). 

Graça e Paz, 

Rose Oliveira