segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A ERA DO GELO



A era do gelo

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Mateus 24:12

Estamos vivendo no que podemos chamar de “pior época de cristãos que já existiu”, não porque os tempos atuais sejam piores do que o dos tempos de Noé, mas porque os “cristãos modernos” são meros frequentadores da igreja e a utilizam para seu proveito pessoal, como “sentirem-se bem”. Jesus já nos alertou que isso aconteceria, e de fato, estamos vivendo a era do gelo, onde o amor de muitos esfriou.

É de suma importância entendermos ao que de fato Jesus estava se referindo na passagem acima, pois muitos acreditam que os frios são os crentes que não gritam “glória e aleluia” nos cultos, não pulam, rodopiam, batem o pé, fazem aviãozinho, não falam em línguas e outras manifestações que nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, diga-se de passagem, tais manifestações não garantem que o tal que pratica seja um verdadeiro salvo em Cristo, pois muitos dos que fazem milagres e prodígios poderão ouvir a frase mais temível de todas, “apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade, pois nunca vos conheci”. (Mateus 7:23).

Mas então ao que Cristo está se referindo quando disse que o amor de muitos esfriará? Ali Jesus estava se referindo aos “cristãos” que não vivem de forma que O agrade, mas conforme suas concupiscências e acomodação, levando avante um cristianismo superficial e egoísta, desprovido de frutos e ação contínua do Espírito Santo, não de manifestações barulhentas produzida pela "carne"! Prova desta frieza espiritual é a banalização do pecado, que a igreja moderna tem abraçado com tanto afinco. Exemplo a ser citado é o divórcio, objeto do ódio de Deus (Malaquias 2: 16 “porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o divórcio [...]), antigamente mal visto até pela sociedade, hoje está sendo tratado como algo normal e aceitável dentro das igrejas. Aliás, como cresceu o número não só de cristãos divorciados e recasados como o de pastores vivendo essa mesma situação, é uma lástima!

Mas não é apenas isso, temos testemunhado uma geração de jovens cristãos vazios, mais interessados em “oba-oba” do que de se santificarem, lotam casas de show, viagens missionárias, congressos de jovens e retiros espirituais com intenções escusas, enquanto que os cultos de oração são os menos frequentados e a bíblia tem estado esquecida. É triste ver uma geração de jovens tão “carnais”, que não tem desejo profundo de estar com Deus, que não tem vida devocional, mas querem apenas uma vida de “encontros radicais”, mais para alimento da carne do que do espírito.

Não obstante, é notório também entre os mais maduros, a presença do interesse predominante em conseguir algo da parte de Deus, seja em bens materiais, paz de espírito ou, seja lá qual for seu vazio. As igrejas estão cheias de pessoas que lotam os templos apenas para dar uma satisfação ao pastor ou sociedade, é de cortar o coração saber que na maioria das vezes muitos estão lá só por estar, não há oferta de vida a Deus, não há adoração, não há anseio em desfrutar da maravilhosa presença do Criador. Pelo contrário, por vezes o ministro de louvor fica praticamente implorando para a igreja adorar, -“levantem as mãos”, “se derramem na presença de Senhor”, “adorem a Ele”-, é impossível alguém que já viveu uma experiência pessoal com Cristo não se derramar diante dEle.

Precisamos nos voltar para Deus, voltar ao primeiro amor, pedir pra que o Senhor derrame em nós desejo de estar na presença dEle, em oração, em leitura da palavra, em relacionamento. É costumeiro ouvir que Deus nos ama, mas e quanto a nós? Temos amado a Deus? A bíblia é clara em João 14: 21 “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que ama [...]” observe o que o texto diz, aquele que ama o Senhor “tem”, ou seja, conhece os mandamentos do Senhor, lê a palavra de Deus; e “guarda”, ou seja, pratica. Então aquele que diz que ama a Deus, conhece a Palavra de Deus e a pratica, se você não tem feito nada disso, você não ama a Deus.

Lembre-se, o amor de muitos esfriará e não de todos, que não estejamos no primeiro grupo, mas perseveremos em viver uma vida agradável a Deus, fazendo a diferença em tempos de crise e frieza espiritual. Que os nossos pés estejam firmados em Cristo, autor e consumador da nossa fé, e que a cada dia possamos crescer em relacionamento e comunhão com Deus.

Com a graça de Deus,

Márcio Montilari



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