quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O tempo e a eternidade!

Salmo 90.12 "Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.”

Às vezes tenho a impressão de que esquecemos que um dia morreremos. Nossas agendas são lotadas. Todo o nosso tempo é devidamente preenchido de obrigações e mais obrigações. Levantamo-nos, não raramente, atrasados e com o sentimento de que as 24 horas do nosso dia não serão suficientes para cumprir as nossas responsabilidades. Dirigimo-nos aos nossos compromissos já preocupados com a próxima atividade a ser realizada. O relógio e a ansiedade nos controlam, em discordância das palavras do Senhor Jesus em Mateus 6.25: “não estejais ansiosos (...)”.

Estamos tão envolvidos com as ilusões desta vida, que não nos damos conta que já se passaram muitos anos do nosso novo nascimento e continuamos “crianças espirituais” (Hb.5.11-14). Há ainda alguns que leem este texto, que nem mesmo podem ser chamados de espirituais, vez que não foram resgatados da “vã maneira de viver” (1 Pe 1.18) e permanecem homens naturais (1 Co. 2.14 )).

A verdade é que nossos dias têm passado. A semana termina e não percebemos. Parece que ontem iniciávamos 2015, e eis nos aqui, nos preparando para 2016 (“Se o Senhor quiser (...)” - Tiago 4.13.15). A cada passo nos aproximamos da eternidade e é perceptível que poucas pessoas têm dado verdadeira importância a isso - os que não creem, porque estão cegos para a visão do que é eterno e os que creem, porque estão embaraçados buscando conquistar o que é transitório.

Sei que o conceito de eternidade é complexo para nós que somos a cada segundo regidos pelo tempo. Todavia, se não nos esforçarmos para compreendermos a nossa existência sob a ótica do eterno, não saberemos diariamente fazer as escolhas corretas.

A Bíblia nos compara a “relva que murcha”, as “flores do campo que caem” (Isaias 40.7-8), a “neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa” (Tg. 4.14) e mesmo assim não assimilamos quanta realidade existe nestes versículos.

O seu tempo tem fluído entre os dedos. Você tenta segurá-lo, mas ele se vai, levando consigo sua juventude, sua força, seus sonhos. Sua vida gira em torno de bens, títulos e de você mesmo (se parar para pensar no que lhe preocupa neste momento, verá que tenho razão e que o seu anseio pouco tem a ver com o Reino dos Céus).

 A fim de descansar do serviço, você decide gastar seu precioso e finito tempo em conversas desnecessárias e superficiais no WhatsApp, fazendo postagens no facebook ou outra rede social para atrair seguidores, curtidas e comentários que alimentam o seu ego, construindo ídolos e edificando castelos sobre a areia(que ruirão!!!), tão qual o homem insensato de Mt. 7.26.

A despeito da rotina de trabalho, crentes e incrédulos nunca se entretiveram tanto. Jogos, festas, filmes, novelas, relacionamentos precoces, pregações na Web (com heresias que vão de teologia da prosperidade à liberal) entorpecem os homens em detrimento da realidade espiritual.

Deixe-me demonstrar a minha afirmação com uma pergunta: o que você aprendeu acerca de Deus nesta manhã ao meditar na Palavra do Senhor (ou você “não teve tempo” para isso)?. Agora, de forma sincera, compare o conhecimento espiritual adquirido neste dia com a quantidade de informações vazias de qualquer valor eterno que você absorveu e o tempo gasto nas diversas formas de entretenimento da qual fez uso nas últimas horas. Deixarei que você mesmo conclua como tem sido insensato ao gastar o tempo que lhe foi entregue.

Precisamos remir o tempo, “porque os dias são maus” (Ef. 5.16). Use-o de modo agradável a Deus, a fim de que quando se aproximar o tempo de sua partida para a eternidade, você possa assim como o apóstolo Paulo - para quem o morrer era lucro (Fp. 1.21)- testemunhar “combati o bom combate, completei a carreira (...)” 2Tm. 4.7.

A exemplo do salmista, ore ao Senhor para que você entenda sua mortalidade, sua finitude, e alcance sabedoria para dedicar seus “setenta, ou oitenta” anos ao Senhor, pois se “a vida passa depressa, e nós voamos!”(Sl. 90.10), você precisa ter a certeza EM CRISTO de onde estará (desfrutando da graça ou sofrendo o “fogo que nunca se apaga” (Mc. 9.45-46)) na eternidade.

Lute contra as distrações que lhe subtraem o tempo e lhe distanciam de verdades eternas, como a realidade do inferno, a natureza do pecado e impossibilidade do homem salvar a si mesmo, tão combatidas e hostilizadas em nossos dias.

Se você não tem comido “o pão da preguiça” (Pv. 31.27), nem assumido maiores responsabilidades do que  pode  arcar, o seu tempo será suficiente para cumprir os propósitos do Senhor para o seu dia. No entanto, lembre-se que Ele não lhe deu tempo adicional para cumprir os propósitos do mundo, do inimigo e de sua carne. Então, se a sua falta de tempo tem impedido você de adorar a Deus, você terá que fazer renúncias.

Em nome de Jesus, escute-me: Você irá morrer. Esta é uma realidade iminente, mesmo que neste momento esta verdade pareça abstrata ou distante. Assim, analise o que realmente na sua vida tem valor eterno e faça seu investimento, ajuntando “tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mt. 6.20-21.

Reflita sobre a brevidade de sua vida. Alcance sabedoria. Viva para o que é eterno, de modo a não se arrepender, porque em um “abrir e fechar de olhos, a última trombeta soará.” (1Co.15.52).

Graça e paz,

Rose Oliveira



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