segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SERÁ QUE TUDO É DE DEUS?




"Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém." - Rm 11:36

          Caros amigos e irmãos, pode até parecer absurdo o título (a pergunta) deste texto, mas, muitas vezes, a maioria das pessoas atribui a autoria de certas coisas naturais a Satanás. Ao longo de uma breve reflexão, veremos que certas vezes cometemos erros que nos levam, mesmo que de forma "inocente", a acreditar que o inimigo de nossas almas criou, formou ou capacitou elementos ou pessoas dentro de toda a plenitude do universo, ou simplesmente, do nosso mundo. Primeiro, queria questionar você cristão evangélico ou simpatizante da fé cristã sobre algumas conclusões errôneas que temos a respeito da origem da capacidade intelectual, artística ou diversa das pessoas.
         Acredito que pelo menos uma vez na vida você viu alguém pregando na igreja, entoando hinos e louvores, e logo em seguida dizendo ou pensando: "Isso é dom de Deus". E quando viu um resultado verdadeiro de uma descoberta da ciência, um pensamento bem avaliado e não reprovável de algum pensador ateu, agnóstico ou afim, pensou: "Acho que o satanás é quem faz prosperar isso na vida desse sujeito. Não é crente, acho que quem deu não foi Deus". Já pensou assim? Serão essas conclusões verdadeiras? Veja bem. O apóstolo Paulo em pelo menos 2 situações diferentes utilizou o aprendizado de seus professores/influenciadores gregos (não-crentes) para expressar aquilo que o Espírito Santo lhe inspirava a falar. Em Atos 17:28, ele utiliza falas dos poetas Epimênides, Aratus e Cleantes: "Pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como também algum dos vossos poetas disseram: Pois nele também somos geração". Aos corintios (1 Cor 15:33), Paulo cita o filósofo Menander: "Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes". Não é interessante? Toda pessoa recebeu de Deus todo conhecimento verdadeiro, ainda que esta não seja cristã. Porém, é obrigatório ao ser humano reconhecer que não tem a propriedade de algo, mas que administra o que é de Deus: " Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor." ( 1 Cor 1:31). E quando o homem ousa se dizer ou pensar ser autossuficiente, Deus o humilha como fez com o rei Nabucodonosor, que na sua arrogância foi transformado em um animal insano e comedor de capim (Dn 4:33). Lembre-se bem de quem é a escritura, a propriedade e o domínio de tudo: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." (Cl 1:16,17). Cristo é o autor de tudo que há. É o logus, a Palavra de Deus. É Deus! A única coisa patenteada por satanás é a mentira. Só! Inverter o certo é a única "criação" do valente e eterno perdido. 
         Tudo que você tem, irmão em Cristo ou amigo que acompanha essa página, use e faça para glorificar a Deus, porque assim deve ser. Porque tudo é dEle, por meio dEle e para Ele. Pense nessa escrita de Pedro: "E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." (2 Pe 1:5-8). 
                             Que a Paz do Senhor Jesus esteja com todos, 
                                                                                                                                                                                                                   Rafael S. Lima


Aliviando a Pressão




Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela suplica, com ações de graças. Filipenses 4.6
 
Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Mateus 11.28


Se há uma palavra que posso usar para definir a vida neste século XXI é pressão. Todas as pessoas têm exigências a fazer de nós e de nosso tempo. Posso imaginar que a maioria de vocês poderia aparecer com uma lista das pressões diárias. Ondas incessantes de pressão nos desgastam todos os dias e nos arrastam a uma sequencia de acontecimentos previsíveis.

Procuramos fazer coisas demais e acabamos negligenciando nossas prioridades essenciais. Quando as pessoas tentam espremer demasiadas atividades em 24 horas, alguma coisa fica para trás. Para muitos, as coisas negligenciadas são nossas relações com Deus.

Você está satisfeito com o modo como está usando seu tempo? Que prioridades você esta negligenciando? Decida a respeito das, ações que você pode executar para começar a reduzir a pressão que sente, e colocar seu fardo nas mãos de Deus.

Temos o Espírito Santo de Deus habitando em nós, disponível para nos dar sabedoria, poder e paz sobrenaturais de que necessitamos para enfrentar quaisquer possíveis pressões.
O que está causando pressão em sua vida? De que forma você procura escapar dessa pressão?
Peça a Deus que lhe ensine como sujeitar-se e encontrar descanso.

Pare um pouco, descanse em Deus.

Bruno Alves de Lima Melo

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Limite da Liberdade Cristã


“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”. (Gálatas 5:1)
           
            A palavra Liberdade, de acordo com o dicionário Michaelis, vem do latim libertate que significa “poder de exercer livremente a sua vontade”. Partindo desse pressuposto, podemos entender que Paulo nos aconselha a tomarmos livremente as nossas próprias decisões sem nenhum critério? Não! Paulo simplesmente fala da liberdade que temos em Cristo, ou seja, a liberdade de fazermos escolhas de acordo com critérios bíblicos. Infelizmente, muitos têm, erroneamente, agarrado a textos específicos para justificar o uso da liberdade sem o bom senso, ou seja, a libertinagem. Bom, sabemos que temos liberdade em Cristo, mas ainda surge uma pergunta: qual é o limite da liberdade cristã?
            Primeiramente, é importante entendermos o conceito de liberdade cristã. No evangelho de João, Jesus nos garante que se conhecermos a verdade, essa verdade nos libertará. (João 8:32) A partir desta afirmação, entendemos que a nossa liberdade tem que estar firmada nessa verdade, e esta verdade é a Palavra de Deus. (João 17:17) Desta forma, todas as nossas escolhas precisam ser embasadas nos princípios bíblicos, esta é a liberdade cristã. Mas, o que fazer quando as nossas escolhas não se encontram fundamentadas, de forma explícita, na Bíblia?
            Embora a Bíblia não trate diretamente sobre uma atitude ser ou não pecado, ela nos dá um amparo para tomarmos as decisões corretas. “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm, todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1º Coríntios 10:23) Paulo, em sua carta aos coríntios, aconselha aos cristãos que antes de toda e qualquer decisão, um cristão precisa ponderar se ela edifica a sua vida espiritual e se ela é conveniente para uma atitude de um cristão. Paulo adverte ainda que “ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem. [...] consciência, digo, não a tua própria, mas a do outro. Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?” (1º Coríntios 10:24, 29)   A admoestação foi de que a liberdade de um cristão precisa se preocupar com a consciência e o bem-estar do próximo, nunca buscando os nossos próprios interesses, pois o nosso propósito não deve ser o de “tropeço ou escândalo ao irmão” e que a nossa “liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos”. (Romanos 14:13; 1º Coríntios 8:9)
            Portanto, qualquer decisão que venhamos a tomar terá que ser analisada a partir de seis pontos: 1) a nossa decisão precisa ser conveniente para um cristão (1º Coríntios 10:23a); 2) a nossa decisão precisa edificar a nossa vida espiritual (1º Coríntios 10:23b); 3) a nossa decisão não deve buscar os nossos próprios interesses, mas a do próximo (1º Coríntios 10:24); 4) a nossa decisão precisa levar em consideração a consciência do outro e não somente a nossa (1º Coríntios 10:29); 5) a nossa decisão não deve servir de tropeço ao nosso irmão, mas fortalecê-lo (Romanos 14:13; 1º Coríntios 8:9); e, 6) a nossa decisão deve estar em sintonia com a vontade de Deus (Salmo 143:10).
            Diante disso caros amigos, poderemos afirmar que o limite da nossa liberdade cristã vai até a consciência do outro. Porque qualquer decisão que venhamos a tomar pode influenciar vidas para a salvação (1º Coríntios 10:33), pois o nosso maior exemplo são as nossas próprias atitudes. Portanto, que as nossas decisões sejam de acordo com a vontade de Deus através da sua Palavra, a Bíblia, o único instrumento de consulta para um cristão optar pela escolha certa em sua vida.

                        Que este possa ser o desejo de todo aquele que adora ao verdadeiro Deus e que tem a Bíblia como sua única regra de prática e fé.


Rodolpho R. Soares

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O mais forte prevalece

Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.  Gálatas 5.17


                   Você já se deparou com situações em que não consegue fazer o que tinha planejado, com relação a uma busca sincera, intensa e profunda a Deus? Ou vivenciar experiências de não poder evitar tentações, vícios e práticas que só te trazem dores, angústias na alma, inimizade com Deus, sofrimentos que afetam não somente a si como a outros que estão em sua volta? Esses conflitos são descritos na bíblia como uma guerra entre a “carne” e o “Espírito”, e que prevalecerá o que mais for alimentado.

                   Primeiramente, precisamos explicar o termo “carne” expresso na bíblia: Não está relacionado com o corpo físico, mas à natureza humana decaída pelo pecado de Adão, no jardim do Éden. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5.12). “Carne”, portanto, está relacionada aos desejos pecaminosos, obras que estão listadas na Bíblia Sagrada: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5.19-21).

                   Já o termo “Espírito” está relacionado à ação regeneradora e transformadora do Espírito Santo, que molda a natureza humana e carnal, e desenvolve uma nova natureza de caráter espiritual, uma forma de retomar a originalidade da primeira criação do homem feita por Deus, pois esse (Adão) tinha comunhão perfeita com Deus e não conhecia o pecado até a sua queda espiritual. Vejamos, portanto, quais são as obras geradas pelo fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23).

                   Talvez você esteja vivendo tais situações conflitantes de não conseguir fazer o que deseja: buscar a Deus, orar, ler a bíblia, amar ao próximo, honrar os pais, ser fiel ao seu cônjuge, ser honesto no trabalho, falar a verdade, ser sincero, viver uma vida santa e pura, evitar a prostituição e a pornografia, ter um posicionamento firme e sem duplicidades, sendo estes com fins de agradar a todos, entretanto em sua maioria não agradam a Deus; e/ou de praticar o que não almeja para sua vida, ou seja, práticas pecaminosas que resultam em um distanciamento de Deus, bem como na morte espiritual, “pois o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23).

                   Estas práticas são, em muitos casos, vícios que dominam os impulsos emocionais e carnais, e que acabam prejudicando outras áreas da vida, pois “Um abismo chama outro abismo” (Salmos 42.7). Imaginemos a situação de uma pessoa casada viciada em pornografia, uma prática que poderá levá-la a um outro abismo: o adultério. Imagine um jovem que decide consumir droga lícita como o álcool, depois parte para drogas ilícitas como maconha, cocaína, etc. São abismos que induzem para outros maiores, situações que cada vez mais se vai mergulhando em profundezas de lamaçais de pecado! Mas, por que não conseguimos nos conter?

                   A bíblia, como sempre enfática e atual para qualquer assunto, nos traz esclarecimentos acerca da vida espiritual e vida natural e carnal, que proponho trazer esclarecimentos do que designo de "zona de conflito interno” do ser humano. Esta zona de conflito está determinada pelo que atraímos para diante de nossos olhos, com um alimento, entretenimento, hábitos e costumes para nossa vida. Se alimentarmos e praticarmos coisas espirituais, prevalecerá em nós uma vida dominada pelo Espírito Santo, mas se alimentarmos e praticarmos coisas carnais, dominará em nós obras das trevas e que a inclinação a tais torna-se inimizade com Deus. “A inclinação da carne é morte, mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8.6). Qual destes estamos alimentando mais? Estamos sendo inconstantes, ora alimentando o Espírito ora alimentando a carne? "Não podemos servir a dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus (Espírito) e a Mamom (Carne)" (Lucas 16.13).

                   Por fim, pretendo enfatizar que ninguém nasce nessa vida cheio do Espírito Santo ou vive em Espírito sem antes ter um encontro real com o Senhor Jesus, pois “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23). Mas, é necessário nascer de novo, uma afirmação feita pelo próprio Senhor Jesus (João 3.7). Tal “nascimento” é operado não por ações humanas, mas pela operação do Espírito Santo, que regenera, transforma ao ponto de ter o desejo de não vivermos mais nós (conforme nossos prazeres carnais), mas Cristo viver em nós (segundo a vontade de Deus). “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Romanos 8.9).

                   Portanto, em meio ao conflito diário das obras da carne e do Fruto do Espírito na vida de quem já foi transformado, a recomendação bíblica é: “vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne”, ou seja, se enchermos do Espírito Santo, conseguiremos resistir aos desejos pecaminosos advindos das obras da carne. Todavia, se você ainda não nasceu de novo, se ainda está sob o domínio da carne, é preciso conhecer a Verdade e a Verdade te libertará! (João 8.32). “Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” (Gálatas 5.16)



Na comunhão do Espírito,





Italo B Queiroz

VOCÊ SABE ESPERAR?



"Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos." - Rm 8:24,25


     Inegavelmente um dos maiores males de nossos tempos é a IMPACIÊNCIA. Sim, o povo de Deus, como também toda a população mundial está sofrendo pela incapacidade de esperar com paciência. O que a bíblia fala sobre a impaciências, seus "adeptos" e as consequências desse mal tão crescente? Vamos meditar. 

     Os momentos adversos da vida são inevitáveis, pois Jesus já avisa nas sagradas escrituras a importância da paciência: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." - João 16:33. Cristo diz que nEle temos Paz e que no mundo serão presentes as aflições. Já é conhecido esse aviso do Senhor? É! Porém, temos meditado pouco nele. Inclusive mesmo sendo parte da igreja, sendo remidos e salvos por e em Cristo, pensamos que aflições vêm para nos destruir, engolir, devorar. Grande engano! Deus não prova os seus para reprová-los! 

     Está escrito que para o salvo o sofrimento é temporal. Olhe o que diz o salmista: "Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor." - Salmos 40:1. Viu? Não basta esperar, mas tem que ser com paciência. Acreditar no invisível é fé. É glorificar a Deus. O justo é forjado, reconstruído pelas adversidades permitidas por Deus, mas não perece, não morre, não desfalece, enquanto os propósitos de Deus não estiverem sido cumpridos na sua vida (O que tem que ser feito através de você). Em salmos também vemos: "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas." - Salmos 34:19. 

     A luta que você pode estar passando não é um tem fim, ele vai acabar. Paulo escreve aos Romanos conselhos de como proceder nas esperas da vida, como vemos no texto acima. Para que possamos sempre fortalecermo-nos, guardemos outra importante mensagem de Paulo inspirado pelo Espírito Santo aos Romanos: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." - Romanos 8:28. Se você é chamado segundo o propósito do Eterno Pai, até suas maiores lutar e momentos muito complicados vão cooperar para o seu bem.


No amor de Cristo,


Rafael S. Lima

sábado, 22 de agosto de 2015

O que é a repreensão bíblica?


           


O ato de repreender significa admoestar, denunciar uma conduta errada ou chamar à correção. A repreensão tem lugar sempre que o cristão se desvia da verdade revelada na Palavra, sempre que a sua vida não se coaduna com a vontade do Senhor. Assim sendo, a quem cabe repreender? Será um dever a ser observado somente pelos líderes?






          A Bíblia Sagrada, no livro de Tiago 5:19-20, diz: "Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade e alguém o converter, sabei que aquele que converte um pecador do caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados", isto é, a repreensão cabe a todo cristão, a todo aquele zeloso dos ensinos de Jesus. E mais, repreensão está intimamente ligada ao amor, aquele que ama consequentemente repreende! Esquisito não?! Não! A Palavra de Deus é bem clara quanto a isto, "Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita aquele a quem tem por filho" (Hb, 12:6); "O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão" (Pv, 13:1). Veja, como podemos amar alguém se, ao vê-lo caminhar para o abismo, simplesmente nos omitimos? Que amor é esse que consente no pecado do outro mesmo sabendo que o salário do pecado é a morte? Isso não é amor, é omissão! “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Pv, 27:5) e “Filhinhos, não amemos de palavra e nem de língua, mas de fato e de verdade” (1 Jo, 3:18).


          Comumente confundimos as duas coisas, achamos que se uma pessoa nos ama ela deverá sempre apoiar nossas condutas, ainda que equivocadas, não devendo nunca discordar de nós, que amor implica em agradar sempre, nunca o contrário... Ilusão! Quem deu o maior exemplo de amor? Jesus Cristo! E o que ele fez com grande frequência em seu ministério? Ele repreendeu! Chamou os fariseus e mestres da lei à correção, admoestou seus discípulos e nunca foi omisso diante de qualquer ação contrária à vontade do Pai! Ele, o próprio Deus, não se omite diante de nossos pecados, antes repreende aquele que toma por filho! Por outro lado, é frequente ouvir a seguinte expressão (por parte daquele que não ama): "Se fulano está pecando não tenho nada com isso, não vou me meter na vida de ninguém, quem sou eu para julgar?".


          De fato, não sou eu quem julgo, a Palavra de Deus faz isso! "Não julgueis segundo a aparência, julgai segundo a reta justiça" (Jo, 7:24). Perceba: se alguém é chamado à correção não sou eu o parâmetro de santidade ou certeza, não sou eu o exemplo, não são minhas as regras, mas do Senhor! Trata-se, tão somente, de confrontar a Palavra de Deus com àquele que deve ser repreendido. De outra banda, se o meu irmão está pecando, em ação ou omissão, e eu tenho ciência de tal fato, mais do que a possibilidade de repreendê-lo, eu, como cristão, tenho o DEVER de fazê-lo! Caso contrário, estarei sendo cúmplice do pecado. “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef, 5:11).


          Se fomos chamados para viver em “Corpo” (1Co, 12), é óbvio que a vida do meu irmão é importante para mim, que as suas atitudes refletem, de forma positiva ou não, sobre todo o organismo do qual eu sou parte! O caminhar do meu irmão é do meu interesse sim! Essa preocupação e zelo mútuos são essenciais para que o Corpo se mantenha saudável! O problema é que gostamos de ser “agradáveis”, “queridos por todos”, “admirados por todos”, e o ato de repreender não é compatível com estes anseios! Aliás, o ser cristão não tem parte com esses desejos (Mt, 5:11-12). Firmadas tais verdades, é fato que o cristão genuíno, embora se entristeça, receberá a repreensão enquanto algo da parte do Senhor e envidará todos os esforços para abandonar o pecado e voltar-se para Deus. Correção é vida! É bálsamo para os ossos! “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado” (Pv, 10:17), “Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido” (Pv, 12:1). O ímpio e insensato, por outro lado, se revestirá de orgulho e não se dobrará diante da correção, antes se inflamará contra aquele que o repreende.


          Frise-se, você não é chamado para ser um censurador ou alguém que se coloca em posição de superioridade diante do que errou, não! Chamar alguém à correção requer, antes de tudo, amor! Exige que haja o desejo sincero de que aquele vacilante retorne à retidão do caminho! Isto posto, que estejamos dispostos a sucumbir o nosso eu para fazer a vontade de Deus, seja quando o Senhor exige de nós um ato de repreensão, seja quando somos alvos desta, entendendo, sobretudo, que Deus é glorificado em nós quando Sua palavra é executada!




Em amor,




Carol Montilari.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

USADO PARA A GLÓRIA DE QUEM?

 
USADO PARA A GLÓRIA DE QUEM?
 
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. (Mateus 7. 21 – 24) "Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (I Samuel 15:22). 

Deus em toda a história da humanidade sempre requereu de nós cristãos a obediência, desde o jardim do Éden o homem foi provado para saber se era obediente ou não. Os crentes devem levar a vida oferecendo-se ao Senhor como sacrifício vivo. "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional"(Romanos 12:1). 

Mais importante que ser usado por Deus, é ouvir a Sua voz e obedecer aos Seus comandos. Ser usado por Deus, não significa ter a aprovação de Deus. Isso é um fato. E da mesma forma que riquezas, boa condição financeira e boa aparência também não significam que a pessoa está sendo aprovada. Muitos só atentam para o exterior, para os dons, para o quanto a pessoa é usada por Deus, mas não atentam para o caráter de quem está sendo usado por Deus. O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". (1 Samuel 16:7).

O problema não está em ser usado. O problema é quando nós pensamos e acreditamos que isso é o máximo, que isso nos faz bons, que isso nos faz melhores que os outros, e que isso é tudo que precisamos para sermos aprovados. Que grande engano cometemos. A glória não é nossa, não somos nós que decidimos como ou quando Deus vai nos usar, mas é Ele quem decide e opera isso em nós. Por causa da vaidade, da fama, do dinheiro e dos holofotes, muitos tem mudado o foco, mudado a meta, e perdido a direção da porta estreita e do caminho estreito (Mateus 7.14). Muitos crentes e ministros do Evangelho, tem deixado de ouvir a voz de Deus e de obedecê-lo, e trocado isso pelo ativismo de: fazer, fazer, fazer e ser usado a todo vapor. 

Ser usado por Deus não pode ser mais importante que obedecer. Não pode nos envaidecer ou ocupar o nosso coração acima de obedecer a Deus, porque obedecer é mais importante que ser usado. Há pessoas desobedientes que Deus usa. Deus pode usar pessoas desobedientes, e até mesmo pessoas que estão em pecado. Isso é um fato. É lógico e é provável que Ele não use essas pessoas da mesma forma, ou na mesma intensidade que usa aqueles que O obedecem e que são santos, mas apesar disso, Ele usa sim. Nesse caso, Ele não usa essas pessoas porque elas estão obedecendo a Ele, ou porque elas são boas, ou porque Ele as aprova, não, Ele as usa simplesmente porque quer usar, e ponto final. A Bíblia revela que Ele usou até uma mula Deus encheu uma mula com o poder dEle e a usou para falar com o Profeta Balaão (Números 22:28,30). Se Ele fez isso com uma jumenta, então imagina o que Ele pode fazer com um ser humano.

O fato de Deus usar, e da pessoa fazer muitas coisas com o poder do nome do Senhor, não significa que essa pessoa seja boa, ou esteja sendo aprovada. Em Mateus 7: 22 Jesus mostra para nós que existem pessoas de caráter iníquo que operam até milagres, ou seja, Jesus revela que Deus usa muitas pessoas nesta vida… até pessoas que, lá no céu, no grande dia diante do Senhor, serão totalmente desaprovadas por terem vivido na prática da iniquidade. Essas pessoas podem ser usadas como instrumento do nome de Deus, elas fazem muitas coisas em nome de Deus. Mas não serão aprovadas serão reprovadas por Ele. São pessoas que deram mais valor ao mundo do que a santidade de Jesus. São pessoas crentes que deram mais valor aos dons, as obras, aos feitos, aos holofotes, a vaidade, do que a santidade de Jesus. Santidade é o sinal do caráter de Cristo, não podemos dar MAIS valor aos dons que a santidade.

Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Quando Deus fala de Noé, Ele não cita a arca que ele construiu durante 100 anos, nem outros feitos de Noé, Ele cita o caráter. É isso que chama a atenção de Deus. Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus. Gênesis 6:9. O que nos fará sermos aprovados é termos o caráter de Cristo. O caráter revela o nível de santificação de uma pessoa. A santificação forja um novo caráter em nós. 

Temos que entender que Deus nos usa por pura misericórdia, e nada mais. Ser usado por Deus não pode significar nada para nós, porque o poder não é nosso, a glória não é nossa. É dEle. Não devemos nos deslumbrar por sermos usados por Deus, pelo contrário, devemos nos lembrar o tempo todo que nós não somos nada sem Ele, e que a excelência do poder é dEle, e não nossa. Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12.14 

Bruno Alves de Lima Melo

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O MAL QUE ME PERSEGUE




O MAL QUE ME PERSEGUE

O Cristão passa por problemas? Emocionais, conjugais, financeiros, etc? Com certeza a resposta é sim, porém existe um dilema enfrentado por todo cristão verdadeiro e que muitas vezes é deixado de lado, ou tido como menos importante, o mal que o persegue. Mas o que é esse mal? Simples, “eu mesmo”, o pecado que está em mim!

Desde a queda do homem em Gênesis 3, a humanidade tem se afastado de Deus e o responsável por isso é o nosso pecado, veja o que diz Isaías 59: 2 “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não ouça”. A natureza humana é má, não há um justo, nem um sequer, não há ninguém que busque a Deus, não há quem faça o bem, não há nem um só. (Romanos, 3: 9-11).

Muitos acreditam que são bons, que sua bondade advém de não matarem, roubarem, prostituírem-se, cometerem atos considerados atrozes, irem à igreja, trabalharem... Ninguém põe em descrédito sua própria justiça por uma “mentirinha”, um “pequeno furto no troco que veio errado”, um “pequeno calote”, um “pequeno adultério”, a falta de perdão, o egoísmo... Quanta ilusão! A nossa justiça não passa de trapos de imundícia (Isaías 64: 6), afinal, nosso parâmetro de santidade não é o da sociedade, e sim àquele indicado nas Escrituras. Falta-nos convicção de pecado. O pecado tem se tornado cada vez mais comum em nosso meio e nossas igrejas, não existe mais contrição de espírito, quebrantamento, pranto ou lamento pela nossa condição pecaminosa.

As pessoas choram pelos seus problemas pessoais, pela sua vitimização e crises, mas não sentem o peso de quando pecam contra Deus, e frise-se, todo pecado é, preliminarmente, contra Deus. Entenda que o pecado é algo que Deus ABOMINA, que Ele não tem parte, muito menos com aquele que vive escravizado na sua prática (Salmos 11: 5). Então o cristão não peca, irmão? Negativo, o cristão peca sim (Romanos 3: 23), mas ele não mais vive escravizado por um estilo de vida pecaminoso, o pecado é um intruso, uma circunstância extrema, anormal e episódica na vida do novo nascido (Romanos 6: 14). Eis o seguinte exemplo: quando o cristão genuíno mente, o Espírito Santo de Deus o incomoda, ele se sente mal, ele chora, ele se quebranta e se arrepende. Por outro lado, quando o ímpio mente (desprovido de novo nascimento e, portanto, de Espírito Santo), ele não vê problema, sequer percebe que errou, segue normalmente, deleita-se em pecar. Nesse último exemplo inserem-se alguns “cristãos” de nosso tempo, mentem, traem, maldizem, se orgulham e odeiam, mas justificam suas ações por uma “boa causa”, não enxergam qualquer anormalidade em seus procedimentos.

O pecado tem sido tratado de forma superficial, como algo normal, e não com a gravidade que impõe. Em confirmação a isso, pense: quantos pecados foram abraçados pela igreja neste século? Nem é possível contar... Querido, eu sei que você precisa de um milagre, de uma cura, eu sei que você está chorando pelos seus problemas, eu sei que você chora por um filho, por uma mãe, eu sei que você tem necessidades e Deus sabe também, Deus não se alegra com seu fardo, com sua dor, com seu infortúnio, não! Mas Ele está dizendo na Sua palavra que a sua maior necessidade não é da resposta, não é da bênção, mas da cura da sua alma. Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoareis os seus pecados, e sararei a sua terra. (2 Crônicas 7:14)

O mal que me persegue está em mim, sou eu mesmo, é a minha natureza má e caída. Sou falho, miserável pecador, porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. (Romanos 7: 19). Apesar desta realidade, o Senhor nos convida a viver a vida de Cristo, a pautar nossa conduta sob o controle total do Espírito Santo, não dando vazão à carne. O mal está em mim e permanecerá até que ganhemos corpos glorificados, mas durante esse período cabe a mim sujeitá-lo e fazê-lo sucumbir à vontade de Deus. Podemos resistir às tentações sim, inclusive de satanás (Tiago 4: 7), e Jesus nos deu exemplo prático de como fazer isso, através da própria Palavra! (Mateus, 4).

Que Deus possa derramar em nós quebrantamento, contrição de espírito e arrependimento, que possamos estar diante de Deus envergonhados pela imundície do nosso pecado, orando como Esdras: “Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus, porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até os céus”. (Esdras 9:6). Ainda é tempo de arrependimento!

Com a graça de Deus,
 
Márcio Montilari.