segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Os Amigos e a Vida Cristã

A caminhada cristã não foi feita para ser percorrida sozinha. Os mandamentos recíprocos (“amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros – Rm 12.10; suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai-vos - Cl. 3.13; confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados; “compartilhai as necessidade dos santos (...) Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”  - Rm. 12. 13,15; laveis os pés uns dos outros – Jo. 13.14) nos lembram essa verdade a cada leitura bíblica realizada.

No texto de hoje, quero lhe levar a refletir sobre os perigos de um falso amigo, a importância de uma verdadeira amizade e fazê-lo enxergar como ter amigos é a vontade do Senhor para sua vida.

É incontestável o quanto (percebamos ou não) as pessoas que nos rodeiam conseguem influenciar as nossas atitudes e escolhas. Tanto que, por diversas vezes, o texto sagrado nos adverte acerca das nossas companhias (Pv. 23.20. “Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne”; Pv. 24.1 “não tenha inveja dos ímpios, nem deseje a companhia deles;” Sl. 1.1 “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!”; 1 Co 15.33 “Não se deixem enganar: ‘as más companhias corrompem os bons costumes’";  Pv. 13.20 “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau”).

Em provérbios 1.11-15 vemos o autor chamar atenção quanto a não consentir com a sedução dos pecadores, nem se pôr a caminho com eles: “se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa. Filho meu, (...) guarda das suas veredas os pés;”.

Percebemos também a influência que um amigo teve no incesto de Amnom, descrito em 2Sm 13: “Tinha Absalão, filho de Davi, uma formosa irmã, cujo nome era Tamar. Amnom, filho de Davi, enamorou-se dela. Angustiou-se Amnom por Tamar, sua irmã, a ponto de adoecer, pois sendo ela virgem, parecia-lhe impossível fazer-lhe coisa alguma. Tinha, porém, Amnom um amigo cujo nome era Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi; Jonadabe era muito sagaz. E Ele lhe disse: Por que tanto emagreces de dia para dia, ó filho do rei? Não mo dirás? Então,lhe disse amnom: Amo Tamar, irmã de Absalão, meu irmão. Disse-lhe Jonadabe: Deita-te na tua cama e finge-te doente; quando teu pai, vier visitar-te, dize-lhe: Peço que minha irmã Tamar venha e me dê de comer pão, pois, vendo-a eu preparar-me a comida, comerei de sua mão”. Verificamos que os próximos acontecimentos decorrentes deste conselho são o estupro de Tamar e o posterior homicídio que vitimou Amnom.

Em Ester. 7.10, assistimos Hamã morrendo na forca que tinha preparado para Mardoqueu, após ter seguido conselho de sua esposa e de amigos: “Então Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos lhe sugeriram: "Mande fazer uma forca, de mais de vinte metros de altura, e logo pela manhã peça ao rei que Mardoqueu seja enforcado nela. Assim você poderá acompanhar o rei ao jantar e alegrar-se". A sugestão agradou Hamã, e ele mandou fazer a forca.” (Et. 6.14)

Pois bem. Nos textos sobreditos, constatamos o quanto uma má companhia pode ser destrutiva. Do contrário, veremos adiante como uma boa amizade tem o condão de nos fazer bem, alegrar os nossos dias e nos aproximar do Senhor.

No Livro de Daniel, conhecemos a história de Hananias, Misael e Azarias, posteriormente chamados pelos nomes Mesaque, Sadraque e Abedenego, que juntamente com Daniel decidiram honrar ao Senhor na Babilônia e não se alimentar com as finas iguarias do Rei.

Dn. 2.17-18, nos mostra Daniel, em meio a uma ameaça iminente de morte, pedindo a ajuda deles em oração: “Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto da Babilônia”.

Após o livramento concedido pelo Senhor, observamos Daniel compartilhando com os amigos a vitória alcançada: “A pedido de Daniel, constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sobre os negócios da província da Babilônia (...)” -  Dn. 2.49.

A história de Daniel e seus amigos evidencia amizades verdadeiras, que engrandeceram ao Senhor, mostrando como amigos fiéis permanecerão conosco no momento da dificuldade, serão confiáveis, dividirão nossos fardos, orarão por nós e estarão conosco compartilhando as nossas vitórias. Note ainda que embora o Livro Sagrado nos alerte quanto ao excessivo número de amigos (Pv. 18.24a: “Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína”), a passagem dos jovens citados nos mostra que não precisamos (e nem devemos) limitar-nos a ter um único amigo (a).

São significativos na Bíblia os textos que demonstram o valor de uma amizade: Pv. 17.17 “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade”; Pv. 27. 17 “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro;” Pv. 18.24b “mas existe amigo mais apegado que um irmão;” Ec. 4.10 “Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!”; At. 27.3 “No dia seguinte, ancoramos em Sidom; e Júlio, num gesto de bondade para com Paulo, permitiu-lhe que fosse ao encontro dos seus amigos, para que estes suprissem as suas necessidades”. As escrituras sagradas trazem ainda, inúmeros exemplos de amizades que edificaram a vida dos filhos de Deus. Se Davi estivesse a nos falar, citaria uma enorme lista presente no decorrer de sua vida, mencionando nomes como Husai (cap.15 a 17 de 2Samuel) e Jônatas (1 Sm 18.1). Homens que estiveram ao seu lado, independente das circunstâncias.

De fato, amizades verdadeiras com nossos irmãos são presentes do Senhor e nos dão prazer: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” – Sl. 133-1; “Quanto aos fiéis que há na terra, eles é que são os notáveis em quem está todo o meu prazer.” - Sl 16.3. Assim, mesmo que você já tenha se frustrado com pessoas que se diziam amigas, não faça disso um obstáculo para construção de novas amizades.

Considere ainda que amigos verdadeiros podem e provavelmente irão te decepcionar em algum (ou vários) momento (s), mas se você agir biblicamente, tais situações serão usadas por Deus para lhe fazer amadurecer. Note que no capítulo 42. 10, “Jó orou por seus amigos (...)”, mesmo após todo o diálogo que conhecemos (cap. 4 ao 31).

Lembremos-nos do exemplo do Senhor Jesus. Escolheu doze para andar com ele. O Getsêmani e a ocasião da transfiguração ainda nos mostraram “os mais chegados”. Judas o traiu, Pedro o negou, e quanto aos demais, o versículo 56 de Mateus 26, nos diz que “deixando-o, fugiram”. Mesmo assim, consoante Jo. 21 e Mc. 16.7, Jesus, após a ressurreição, decidiu restaurar aquele que lhe negara por três vezes.

 Em Fp. 2.4, Paulo afirma, “cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” Siga o conselho do apóstolo: seja capaz de se importar com seus amigos. Não ponham seus “óculos do egocentrismo” ao se aproximar deles. Não busque cópias pessoais que lhe aprovem em tudo. Seja leal, confiável, preocupe-se, perdoe, ore por seus amigos e os ame.

Se você tem caminhado sozinho, clame ao Senhor para que ele te faça enxergar pessoas com quem você dividirá o fardo.  Você não foi feito para andar solitário, vez que este “busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”- Pv. 18.1.

Nesses tempos em que tudo gira em torno da tecnologia, retire um pouco os olhos das telas, e olhe ao seu redor. Esqueça por um momento os números dos existentes em sua conta no facebook e faça amigos de verdade. Seja-o também. Relacione-se. Aprenda com o testemunho dos seus amigos, ajude-os a viver a Palavra e se aproxime de Deus na companhia deles. Essa é a vontade do Senhor para nossas vidas, vez que a comunhão nos dá a certeza da presença de Cristo em nosso meio: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” - Mt. 18. 20.

Por fim, outro aspecto que queria compartilhar contigo hoje, é que além de colocar pessoas ao nosso lado, Deus se fez o nosso melhor amigo.

Em Jo. 15. 13-15 o Senhor Jesus afirma: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido”.

Se ainda persiste dúvida se Deus se faz amigo de pecadores, escute Tiago: “Cumpriu-se assim a Escritura que diz: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça", e ele foi chamado amigo de Deus.” (Tg.2.23)

Se você, assim como Abraão, já é amigo de DEUS, reflita se também tem agido como um verdadeiro amigo. Se não o é ainda, incitando-o ao arrependimento e a obediência, faço minhas as palavras do compositor, porque “não existe nada melhor do que ser amigo de Deus; caminhar seguro na luz, desfrutar do seu amor; ter a paz no coração, viver sempre em comunhão e assim perceber a grandeza do poder, de Jesus meu bom Pastor.”

Então, que tal reunir-se aos seus amigos para adorar e orar ao Senhor, afinal este é mais um dia “(...) em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos nele”. Sl 118.24

Graça e Paz,


Rose Oliveira

sábado, 26 de dezembro de 2015

O cair de um rei e o levantar de um homem de Deus


2 Crônicas 33.11: “ Então o Senhor enviou os comandantes dos exércitos do Rei da Assíria contra eles, os quais prenderam Manassés com ganchos e correntes de bronze e o levaram para a Babilônia”.


Manassés era filho do rei Ezequias, um dos reis mais piedoso de Judá, que andou com Deus e fez o que era reto perante o Senhor. Ao falecer, Ezequias deixou um jovem príncipe em seu lugar, o trono de Jerusalém agora seria ocupado por um jovem de aproximadamente doze anos de idade. Este inexperiente adolescente que pouco aproveitou dos ensinos e conselhos do seu pai, reinou perante Judá cinquenta e cinco anos e teve um dos reinados mais longevos de toda a história, maior até do que o reinado de Davi.

A vida desse jovem rei foi marcada por uma série de tropeços, logo o rei apartou-se do seu Criador, Manassés como todo jovem impetuoso andou conforme o Senhor não ordenara, Manassés liderou o povo a pecar contra Deus (2 Cr 33.2,9), profanou a casa de Deus (2 Cr 33.4,5,7), tornou-se um feiticeiro inveterado (2 Cr.33.6) e derramou muito sangue inocente ( 2 Rs 21.16).

Em decorrência de todas essas atrocidades, Deus derramou sobre Manasses o seu juízo. O pecado desenfreado de Manassés provocou a ira de Deus, isso ocorreu de três maneiras: A prisão de Manassés (2Cr 33.11) O rei da Assíria invade Judá, toma o palácio real, prende Manassés com ganchos, amarra-o e o leva cativo para a Babilônia. A segunda maneira, Manassés é humilhado (2 Cr 33.11,12) ele é arrancado de Jerusalém e levado feito um animal para a Babilônia. Terceira maneira, a angústia de Manassés ( 2 Cr 33.12) Agora o jovem rei encontra-se prisioneiro tanto fisicamente quanto espiritualmente, acometido por tamanha angústia.

O pecado a princípio parece belo e fascinante, ao fim é amargo e absolutamente mortífero. Deus no final das contas destina, ao pecador aquilo o que ele realmente deseja, com o intuito por vezes, de amar e corrigir. Manassés era idolatra e feiticeiro, Deus o mandou para a Babilônia, principal centro de idolatria e feitiçaria. O jovem rei era soberbo, Deus o fez ser levado de Jerusalém de forma mais vergonhosa possível. Por fim, o filho de Ezequias era prepotente e pomposo, Deus o colocou no fundo de uma masmorra acorrentado, para que de joelhos ele clama-se a presença de Deus.

Para muitos Manassés seria um caso perdido, sem solução. No entanto, Deus consegue exercer amor e misericórdia até com o mais desprezível pecador. Quando lemos essa história, temos a vontade de dizer: “agora bem feito!”. Mas esse homem clama a Deus e Deus o salva. Deus, por um ato de Compaixão concede ao pecador o que o seu coração realmente deseja, para que o mesmo, venha a chegar no fundo do poço e render-se definitivamente ao senhorio de Cristo. Manassés compreendeu, que todos os prazeres, vaidades, soberba, vícios, idolatrias e revolta só levam o homem a um lugar, o fundo do poço. Todavia, apenas um homem é capaz de resgatar esse pobre desafortunado, Jesus Cristo.

Nós quanto pecadores, somos por vezes, incapazes de compreender o tão grandioso amor de Cristo por nós. Manasses foi tocado por Deus, e como um novo homem que se tornara, Deus muda a sua história. De 2 Cr 33.13-16, vemos cinco atos que conduziram não apenas a Manassés, mas como a Jerusalém a adorarem apenas a Deus. Manassés volta a Jerusalém, levado por Deus; Manassés reconhece que só o senhor é Deus e retira os deuses estrangeiros dos lugares de adoração; Manassés faz uma reforma espiritual em Jerusalém, por fim, Manassés leva o seu povo a consagração.

Em amor,


Gustavo Guedes

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

VENCENDO OS GIGANTES







“Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e Ele vos entregará nas nossas mãos.” (1Samuel 17.47)

Todos nós batalhamos em um conflito interno contra algum gigante, seja ele espiritual, muitas vezes, físico (uma enfermidade). Ou em outros casos, estamos convivendo pacificamente e acomodados com esses grandões que nos impedem de enfrentarmos obstáculos, de viver. Mas principalmente atrapalham nossa comunhão com Deus e com  nossos próximos.

A batalha de Davi contra Golias é um fato que devemos sempre lembrar, pois Davi era um simples pastor de ovelhas, sem treinamento de guerra e sem noção de como usar armas. Entretanto, o admirável deste fato foi a coragem e a determinação de como ele o enfrentou, mas sobretudo, sua fé inabalável em Deus! Mesmo com um gigante forte, que possuía armas mortais e que poderia acabar com sua vida com um simples ato, ele não temeu, permaneceu firme, pois sua confiança estava no Deus Todo-Poderoso! “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.”(1Sm 17.45)

Em determinadas situações reconhecemos que temos um “ponto fraco”. Apesar do termo, posso garantir que ele não é tão fraco assim, muitas vezes somos mais fracos que ele. Esses pontos são os gigantes que nos fazem tropeçar, em outras vezes, até cair e nos machucar.(...) Certa vez eu estava em uma reunião e cada um falava de algo que tentava vencer, alguns diziam lutar contra o medo, a solidão, a falta de amor e compaixão, a incredulidade, orgulho, egoísmo, egocentrismo, uma grande maioria dizia enfrentar os vícios, entre tantos outros gigantes. Mas me alegrei quando algumas pessoas falavam “Eu já o (os) venci em nome de Jesus!”. Em outra ocasião ouvi uma pessoa falar que em sua vida o “gigante carne” dominava. Infelizmente é o que mais temos visto hoje; um comodismo que podemos combater mas não queremos, e essa batalha contra a carne e suas mazelas que não temos enfrentado. Os gigantes estão prevalecendo em muitas vidas que não têm se firmado em Cristo Jesus.  

           É importante que abramos nossos olhos e vejamos que o medo nos impede de tentar; o orgulho impede-nos de sermos altruístas, de sermos simples, nos incapacita de aceitarmos que somos seres errantes e corrigíveis; a imoralidade suja uma vida, nos desgasta ainda mais.(...) Nada disso faz de nós pessoas irrepreensíveis, santificadas; ao contrário, elas não agradam a Deus.

Mas como podemos derrotar um desses?

  1. Ore. Pois a oração de fé salva, e pode muito em seus efeitos.(Tiago 5.15-16). O Senhor nos escuta e nos livra das tribulações.(Salmos 34.17)
  2. Enfrente e lute com coragem e determinação, que os gigantes cairão.  “Assim, visto que a mão do SENHOR, meu Deus, estava sobre mim, encorajei-me...”(Esdras 7.28)

Que nossa fé em Cristo possa ser nossa arma insubstituível para derrotarmos esses gigantes. Que possamos fugir de qualquer coisa que venha tentar nos enfraquecer e fugir de quaisquer prática que nos afaste de Deus, como Paulo nos adverte em 1Coríntios 10, que fujamos da idolatria (v.7), da imoralidade (v.8), da murmuração (v.10). Todos esses são gigantes; porém, gigantes que se tornam minúsculos diante de Deus.

Portanto, irmãos, desejo veementemente que nossa fé possa prevalecer e possa ser inabalável para que esses gigantes sejam derrotados nessa luta diária. Lutem, perseverem! Em nome do Senhor Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

Pense, vale a pena viver com um gigante ou gigantes que só estão te afastando de Deus? Que estão te impedindo de ter uma vida santa, reta diante de Dele? Pare, reflita, lute!

“Porque as armas de nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição de fortalezas...” (2Coríntios 10.4)

No amor de Cristo,

Letícia de Oliveira Souza

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

POR UM EVANGELHO AUTÊNTICO E MAIÚSCULO


E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. (Mateus 9:9) 


Jesus veio a terra e chamou pecadores ao arrependimento, desafiou um sistema religioso morto e propôs aos seus discípulos uma vida de relacionamento íntimo com ele. Ele olhou para Mateus, um homem desprezado e odiado na sociedade por causa da reputação de fraudador que ele, um coletor de impostos, possuia em sua época e em seu contexto e comunicou uma mensagem de esperança, perdão e graça. 

Cristo é o modelo perfeito de comunicação singular do Reino de Deus para o mundo. Ele quebrou paradigmas, redefiniu conceitos, buscou contato com pecadores, mostrou as maiores necessidades do homem e transmitiu para o mundo o seu amor. Em cristo temos a direção de que caminho seguir, como viver o evangelho e resplandecer a sua luz diante dos homens para que vejam nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus (Mt 5:16). Como discípulos, temos a incumbência de anunciarmos o seu evangelho (Mc 15:16), afinal Deus não é um segredo a ser guardado, mas um tesouro a ser encontrado (Mt 13:44). 

Nossas vidas precisam apontar para nosso Salvador (Mt 5:13, 17). Porém, ao que parece, nossa mensagem não tem alcançado o mundo. Não temos comunicado o evangelho de modo relevante, eficaz e profundo. O evangelho parece não atingir o homem moderno em sua essência e não mostra ser fundamental para o coração das pessoas, se tornando desnecessário e dispensável. As pessoas já não perguntam a razão de nossa esperança (1 Pe 3: 15). Entretanto, o evangelho bíblico e histórico não mudou. Ele continua e permanecerá imutável. O evangelho é o próprio Cristo e as boas-novas de que sua morte e ressurreição realizou o pagamento completo pelo castigo do pecado, nos levou para perto do Pai e nos deu vida eterna (Rm 1: 1,4). Nós que tentamos mudá-lo ou, pelo menos, temos mudado seu conteúdo, sua abrangência, relevância, profundidade e preciosidade. Temos vivido e pregado um evangelho deficitário. A solução, talvez, seja olhar para Cristo e mudar nossa visão bíblica do evangelho. Talvez, estejamos no velho “isolamento”, enclausurados entre nós mesmos, vivendo limitados às quatro paredes da igreja, separando-nos de tudo que é “carnal”, e isso inclui as pessoas que nos rodeiam, nosso trabalho e nossa cultura como um todo, apegando-nos apenas a coisas “espirituais”. Temos invalidado a proeminência do evangelho, nos tornado uma subcultura cristã, e ainda queremos afirmar que esse abandono é “espiritual”, ao passo que tudo isso é apenas fruto da religiosidade. Com isso, nossa vida cristã tem se tornado medíocre, inacabada em sua extensão e sem sentido. 

Precisamos urgentemente posicionar a realidade de nossa fé bíblica com a realidade de nossos dias e expressarmos nosso relacionamento com Deus em todas as áreas de nossa vida. Isso é exatamente o que Jesus quis mostrar quando disse que somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5: 13,14). Precisamos salgar, precisamos refletir a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4). Devemos resplandecer no meio de uma geração corrompida e perversa (Fl 2:15), e fazermos tudo para a glória de Deus (1 Co 10: 31). Como disse Abraham Kuyper: "onde quer que o homem esteja, seja o que for que faça, ou no que aplique sua mão, na agricultura, no comércio, na indústria, ou sua mente, no mundo da arte, e ciência, ele está, seja onde for, constantemente diante da face de Deus, está empregado no serviço de Deus, deve obedecer estritamente a seu Deus e acima de tudo, deve ter como alvo a glória de Deus". O evangelho é para todas as coisas, permeia todas as esferas de nossa vida, está dentro de nós e deve se manifestar em todos os aspectos, seja na vida devocional, no trabalho, no lazer, na família, na escola, na universidade e entre amigos.

Viver o senhorio de Cristo em todos os aspectos faz com que tenhamos uma voz para comunicar o evangelho a um mundo perdido e necessitado da alegria verdadeira. Não quero viver um evangelho reducionista, que só enxerga Jesus dentro da igreja ou no meio de um “gueto santo” e que promove uma separação com as pessoas que estão em nossa volta por causa de um suposto “zelo religioso”. 

Quero viver um evangelho autêntico, maiúsculo e que é revelado nas escrituras. Evangelho esse que transforma vidas, que nos faz andar com o mestre, que toca nosso coração antes de qualquer coisa. Que não camufla nossas falhas e imperfeições, antes busca perdão e arrependimento, e revela o amor do Pai, sua graça maravilhosa e sua perseverança em nos fazer conforme a imagem de seu Filho. Que é marcado pela simplicidade e não pela sede insaciável de sucesso e reconhecimento. Que acolhe o caído, que ajuda o fraco e exorta o pecador. Que vê vestígios da glória de Deus em toda criação. Foi esse Evangelho que nos alcançou! 

Nosso desafio e missão é vivermos e compartilharmos sua mensagem. Não é tarefa fácil, mas o próprio Jesus nos assegura que sua graça estará conosco. Que a estrada do calvário seja nosso caminho. Que Cristo seja visto e engrandecido por meio de nossas vidas e ações. Que ele seja nosso tesouro, nossa vida, nosso tudo! 


Em Cristo e pela honra de seu nome,

Jeffson Veríssimo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O DISCIPULO E A CRUZ



Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. (I Coríntios 1:18)


          Por muito tempo, inúmeros evangélicos tem visto a cruz exclusivamente como o meio pelo qual Deus realizou em Cristo Jesus a nossa redenção. É claro que nenhum verdadeiro cristão deseja minimizar a centralidade da cruz no propósito redentor de Deus. Contudo, se vemos a cruz apenas como o meio da nossa salvação e nada mais do que isso, ignoraremos muitas de suas funções no novo testamento. A cruz deve estabelecer o nosso modo de viver, a maneira como pregamos, oramos, lideramos e servimos nossos irmãos. A cruz é a ferramenta escolhida por Cristo para forjar o nosso caráter. Nem todos os que se dizem cristãos, são, de fato. Hereges declaram falsas profissões de fé em Cristo e aqueles que não são crentes genuínos podem ser facilmente iludidos.

         O barateamento da graça e a fé fácil em um evangelho distorcido que não exige renúncia alguma, estão acabando com a pureza e a boa influência que a igreja deveria ter sobre a sociedade. O evangelho segundo Jesus nunca foi como esse tipo de evangelho moderno. Desde o início, Cristo evitou adesões rápidas, fáceis ou superficiais. Suas mensagens sempre resultavam mais em rejeição, desprezo e revolta, pois ele se recusava a dar falsas esperanças para aqueles que o ouviam. Sempre evidenciava a fé falsa ou superficial, reduzia a nada a auto justiça daqueles que o procuravam e confrontava muitos com o evangelho claro e simples, mas que exigia e ainda exige uma cruz a ser tomada dia após dia. (Mt 16:24) 

           O evangelho é muito mais difícil de ser seguido do que muitos pensam. A renúncia do eu nunca é algo fácil e descomplicado. A igreja nunca foi muito receptiva a mensagem da cruz (Mt 16:20-23), ela sempre foi tendenciosa a esquivar-se das responsabilidades que lhe foram e são propostas. 

              Se a mensagem é tão clara, porque nos recusamos a carregar a nossa cruz?

              Como igreja de Cristo, precisamos valorizar a Cruz e entender quais são as suas implicações em nossas vidas. Tome a sua cruz, assim como o criminoso que era forçado a carregar a sua própria cruz para o local da execução. A cruz no I século representava: renúncia, morte, humilhação, vergonha, tortura, desconforto e etc. O que a cruz representa para você? 

              Os nossos olhos contemplam apenas esta vida, a igreja deixou de sonhar com a eternidade, a obsessão pelas coisas desta vida tem tirado o desejo ardente pela vida vindoura ao lado do Rei. Portanto, negue a sua vida, diga NÃO! Faça isso não apenas ao pecado, mas principalmente a si mesmo e ao seu ego que é a fonte da vontade oposta a de Deus.

“A pregação bíblica enfatiza o evangelho e eleva constantemente ao Cristo crucificado. Mas também reconhece que a cruz não é apenas o nosso credo; é o padrão de nosso ministério”. (D.A, Carson)



Em Amor,

Alisson Pontes
            

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

VOCÊ NASCEU DE NOVO?



“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (...) Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (João 3:3, 7).


                   O homem procura formas de prolongar a sua vida e evitar a morte. Afinal, Deus nos deu a vida, e amamos vivê-la. Entretanto, Cristo afirma que é necessário nascer de novo, bem como a passar “da morte para a vida” (1 João 3:14). Tenho certeza que a pergunta de Nicodemos a Cristo tem sido a mesma pergunta que muitos aqui se fizeram: “Como pode um homem nascer, sendo velho?” (João 3:4) Nós humanos sabemos que ninguém escapa da morte física. Desta forma, “que homem há, que viva e não veja a morte?” (Salmo 89:48a) A morte física é inevitável e, por isso, tentamos por diversas vezes driblar a morte. Então, assim como Nicodemos e o salmista, sabemos que somos limitados e que não há outro fim para a nossa vida física senão a morte. Se nós sabemos que somos limitados e que o nosso fim é a morte, então o que Cristo quis dizer sobre “nascer de novo”?
             O que Cristo estava querendo dizer a Nicodemos é que a vida do homem precisa ser regenerada, ou seja, transformada, com nova capacidade e um novo desejo de agradar a Deus. O homem precisa de uma transformação espiritual, pois “o que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:6). O nascer de novo envolve um nascimento espiritual com transformação “pela renovação da vossa mente” (Romanos 12:2), uma mente renovada em Cristo. O nascer de novo é um ato divino, no qual Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Cristo” (1 Pedro 1:3). Desta forma, morremos para o mundo e tudo o que nele há e passamos a viver para Cristo, o nosso Salvador. Isto é, “mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus” (Romanos 6:11). Morrer para o mundo é não ser mais escravizado pelo pecado e nem tê-lo como senhor de sua vida, pois “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado” (1 João 3:9a).
                 Infelizmente, muitos dos que dizem amar a Deus não conhecem a verdadeira essência de ser um verdadeiro cristão, uma nova criatura que não está mais sujeita as velhas práticas do pecado (1 Coríntios 5:17). Analisemos 05 práticas de um novo nascimento, e a diferença entre uma nova criatura e uma velha criatura.
                  Alguém que passou por um novo nascimento:

1)      mantém comunhão com Cristo, andando na luz e não em trevas, porque “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1:5), portanto uma nova criatura anda na luz, enquanto a velha criatura andava nas trevas (1João 1:6, 7);

2)      “não ama o mundo nem as coisas que há no mundo” (1 João 2:15), pois “quem faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2:17). A nova criatura ama a Deus e obedece aos seus mandamentos, enquanto que a velha criatura ama o mundo e tudo o que nele há;

3)      “não pode viver na prática do pecado, porque é nascido de Deus” (1 João 3:9b). A nova criatura “não vive na prática do pecado” (1 João 3:9a), enquanto que a velha criatura é aquele que pratica o pecado, pois “o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (1 João 3:8). Esta é a diferença entre “os filhos de Deus  e os filhos do diabo” (1 João 3:10);

4)      possui o Espírito de Deus, que “confessa a Jesus Cristo”(1 João 4:3). Portanto, a nova criatura possui o Espírito Santo, “que está em vós” (1 João 4:4), enquanto que a velha criatura possui o “espírito de anticristo” (1 João 4:3), que profere mentiras;

5)      ama a Deus e pratica os seus mandamentos (1 João 5:2), pois tem a Cristo como seu Redentor e Salvador, pois “todo aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (1 João 5:12) Portanto, uma nova criatura crê em Cristo e obedece aos seus mandamentos, enquanto que a velha criatura não ama a Deus e nem pratica os mandamentos divinos.

                   Então queridos leitores, todo aquele que almeja a salvação precisa nascer de novo, e todos os que nascem de novo estão: 1) em comunhão com Cristo; 2) não amam o mundo e nem as coisas do mundo; 3) não vivem na prática do pecado; 4) possuem o Espírito Santo; e, 5) amam a Deus e praticam os seus mandamentos.
                    Façamos uma reflexão sobre como está as nossas vidas e se somos realmente convertidos em Cristo ou se somos apenas convencidos de algo que realmente não vivemos. E não estejamos enganando nem a Deus e nem a nós mesmos, achando que as nossas obras são suficientes para obtermos a salvação em Cristo, pois bem sabemos que “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que nem se glorie” (Efésios 2:8, 9).

Em amor,


Rodolpho Soares