“A isto, respondeu
Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não
pode ver o reino de Deus. (...) Não te admires de eu te dizer: importa-vos
nascer de novo” (João 3:3, 7).
O homem procura formas de prolongar a sua
vida e evitar a morte. Afinal, Deus nos deu a vida, e amamos vivê-la.
Entretanto, Cristo afirma que é necessário nascer de novo, bem como a passar
“da morte para a vida” (1 João 3:14). Tenho certeza que a pergunta de Nicodemos
a Cristo tem sido a mesma pergunta que muitos aqui se fizeram: “Como pode um
homem nascer, sendo velho?” (João 3:4) Nós humanos sabemos que ninguém escapa
da morte física. Desta forma, “que homem há, que viva e não veja a morte?”
(Salmo 89:48a) A morte física é inevitável e, por isso, tentamos por diversas
vezes driblar a morte. Então, assim como Nicodemos e o salmista, sabemos que
somos limitados e que não há outro fim para a nossa vida física senão a morte.
Se nós sabemos que somos limitados e que o nosso fim é a morte, então o que
Cristo quis dizer sobre “nascer de novo”?
O que Cristo estava querendo dizer a
Nicodemos é que a vida do homem precisa ser regenerada, ou seja, transformada,
com nova capacidade e um novo desejo de agradar a Deus. O homem precisa de uma
transformação espiritual, pois “o que é nascido da carne é carne; e o que é
nascido do Espírito é espírito” (João 3:6). O nascer de novo envolve um
nascimento espiritual com transformação “pela renovação da vossa mente”
(Romanos 12:2), uma mente renovada em Cristo. O nascer de novo é um ato divino,
no qual Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de
Cristo” (1 Pedro 1:3). Desta forma, morremos para o mundo e tudo o que nele há
e passamos a viver para Cristo, o nosso Salvador. Isto é, “mortos para o
pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus” (Romanos 6:11). Morrer para o
mundo é não ser mais escravizado pelo pecado e nem tê-lo como senhor de sua
vida, pois “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado” (1
João 3:9a).
Infelizmente, muitos dos que dizem amar a
Deus não conhecem a verdadeira essência de ser um verdadeiro cristão, uma nova
criatura que não está mais sujeita as velhas práticas do pecado (1 Coríntios
5:17). Analisemos 05 práticas de um novo nascimento, e a diferença entre uma
nova criatura e uma velha criatura.
Alguém que passou por
um novo nascimento:
1)
mantém comunhão com Cristo, andando na
luz e não em trevas, porque “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João
1:5), portanto uma nova criatura anda na luz, enquanto a velha criatura andava
nas trevas (1João 1:6, 7);
2)
“não ama o mundo nem as coisas que há no
mundo” (1 João 2:15), pois “quem faz a vontade de Deus permanece para sempre”
(1 João 2:17). A nova criatura ama a Deus e obedece aos seus mandamentos,
enquanto que a velha criatura ama o mundo e tudo o que nele há;
3)
“não pode viver na prática do pecado,
porque é nascido de Deus” (1 João 3:9b). A nova criatura “não vive na prática
do pecado” (1 João 3:9a), enquanto que a velha criatura é aquele que pratica o
pecado, pois “o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o
princípio” (1 João 3:8). Esta é a diferença entre “os filhos de Deus e os filhos do diabo” (1 João 3:10);
4)
possui o Espírito de Deus, que “confessa
a Jesus Cristo”(1 João 4:3). Portanto, a nova criatura possui o Espírito Santo,
“que está em vós” (1 João 4:4), enquanto que a velha criatura possui o
“espírito de anticristo” (1 João 4:3), que profere mentiras;
5)
ama a Deus e pratica os seus mandamentos
(1 João 5:2), pois tem a Cristo como seu Redentor e Salvador, pois “todo aquele
que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”
(1 João 5:12) Portanto, uma nova criatura crê em Cristo e obedece aos seus
mandamentos, enquanto que a velha criatura não ama a Deus e nem pratica os
mandamentos divinos.
Então queridos leitores, todo aquele que
almeja a salvação precisa nascer de novo, e todos os que nascem de novo estão:
1) em comunhão com Cristo; 2) não amam o mundo e nem as coisas do mundo; 3) não
vivem na prática do pecado; 4) possuem o Espírito Santo; e, 5) amam a Deus e
praticam os seus mandamentos.
Façamos uma reflexão sobre como está as
nossas vidas e se somos realmente convertidos em Cristo ou se somos apenas convencidos
de algo que realmente não vivemos. E não estejamos enganando nem a Deus e nem a
nós mesmos, achando que as nossas obras são suficientes para obtermos a
salvação em Cristo, pois bem sabemos que “pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que nem se glorie”
(Efésios 2:8, 9).
Em amor,
Rodolpho Soares
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