quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O CHAMADO PARA O SOFRIMENTO



“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (FIlipenses 1:21)


           Em plena efusão do evangelho contemporâneo, nos deparamos com um contraste de ensinos estarrecedores e medonhos do qual a grande massa das igrejas brasileiras professam. Quando analisamos a carta do apostolo Paulo aos Filipenses, observamos o contraste evidente entre a “sã doutrina” derramada na atualidade e o evangelho genuíno e puro.

            Em Filipenses capitulo 1.21 diz: “Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Tal verdade virou moda e Hit nos lábios dos jovens brasileiros, mas nem ao menos sabem o que estão pedindo para si. No contexto que abraça esse versículo, o apostolo Paulo estava passando por um grande tormento: ele estava preso em Roma, sendo acusado por seus opositores, desejando ardentemente rever os seus irmãos amados em Filipos e ainda recebendo revelações do Senhor que o seu fim estaria próximo. Entretanto, por maior que fosse o seus sofrimentos em meio a essas tribulações, ele desejou estar vivo devido aos seguintes motivos, vide versículo 25-26 do mesmo capitulo: “E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para o desenvolvimento e alegria na fé; para que o motivo de vos orgulhardes cresça por mim em Cristo Jesus, pela minha presença de novo entre vós.

            Um chamado para o sofrimento, consiste em morrer para os seus anseios e anelos. É você mortificar o seu eu a tal ponto que toda dor e sofrimentos vindouros por causa da excelência da pregação do evangelho se tornem motivos de grande alegria. “E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.” ( Atos 5:40-41)

            Um chamado para o sofrimento é a plena convicção de que o cristão tem seu propósito na cruz. Paulo bem sabia que a maior semelhança e identificação que ele poderia ter com Cristo seria padecer como Ele padeceu e ser semelhante ao Pai em dor e sofrimento. Filipenses 3:10 “Para conhecer Cristo, e o poder da sua ressureição, e a participação nos seus sofrimentos, identificando-me com ele na sua morte”.

            A marca do verdadeiro evangelho não consiste naquilo que você ganha mundanamente falando, mas naquilo que você lucra ao perder. Jesus não derramou a sua vida na Cruz do calvário para lhe dar um carro novo, mas para lhe dar um caminho, uma verdade e uma vida. Portanto devote a sua vida para que outros também vejam em você a marca do verdadeiro evangelho, para que no fim de nossa jornada nós possamos verdadeiramente dizer: “Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:21)


Em amor,


Gustavo Guedes

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

DIVÓRCIO À MODA DO SÉCULO XXI




“Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".

Mateus 19:6



          Lamentavelmente, nos dias atuais a felicidade ou a satisfação nas relações amorosas são pautadas em um cardápio a gosto do freguês. Você já ouviu alguém dizer: “Se não der certo com esse (a), caso de novo”, “fulano (famoso) casou 7 vezes...” essas e tantas outras frases, cujo sentido não tem valores ético, moral ou social, influenciam as pessoas a enxergarem o casamento como sendo um prejuízo. Porém, esses ideais causam certo embaraço no pensamento daqueles que esperam ser bem sucedidos no amor. Esse é o princípio que impera nas mentes e nos corações inspirados na vida de artistas e pessoas comuns cuja vida e caráter estão corrompidos. O divórcio é um tema pouco discutido e levado a sério. Entretanto, não tenho a mínima pretensão de esgotá-lo, pois se trata de um assunto muito complexo e polêmico, porém necessário. 


           Afinal, você deve estar se perguntando: por quais motivos as pessoas se divorciam? Uns dos principais é a falta de amor, falta de diálogo, violência, adultério, ciúme excessivo, incompatibilidade de ideias, crise financeira, etc. O divórcio é uma instituição do homem. Essa prática está relacionada à dureza de coração. Observe as palavras de Jesus: “Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês”. Mas não foi assim desde o princípio. Mateus 19:8. 

           O que Deus pensa sobre o divórcio? É certo que há exceções, porém Ele proíbe e odeia! Leia-se os versículos respectivamente: “Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher” 1 Coríntios 7:10,11. "Eu odeio o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel, e "o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis. Malaquias 2:16. 


          A ideia de casamento está fora de cogitação entre a maioria dos solteiros. O matrimônio está banalizado e o divórcio cada vez mais comum. Em nossa sociedade hedonista ouvimos constantemente alguém dizer que casamento não é bom “negócio”. Porque almejam ser livres e mais independentes. Entretanto, o preço que se paga por construir um casamento bem sucedido é gratificante e proporciona na mesma condição muitos outros benefícios tais como: família, estabilidade, conforto e lazer. 



          Casamento deriva de “casa”. Com certeza você já ouviu a seguinte expressão: “Quem casa quer casa”. Casar sugere responsabilidade compromisso, e aliança eterna entre os cônjuges. Sabe-se que tradicionalmente os noivos trocam alianças, as quais são colocadas sempre no quarto dedo, o anular. Para que se possa imaginar o significado que tem, os antigos diziam que por esse dedo corria um nervo que ia direto ao coração. Romântico, não? Mas, o que dizer então o valor do casamento aos olhos de Deus? Cabem adjetivos infindáveis! O casamento é um propósito divino, criado e aprovado por Ele: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" Gênesis 2:24.



           O casamento é a união entre duas pessoas que se amam, se respeitam e querem viver juntos eternamente. Sou um jovem casado há quatro anos e noves meses e, confesso que através da convivência e experiências superadas em pouco tempo, posso garantir: não há casamento perfeito, mas é possível administrá-lo quando existe amor, paciência, respeito, perdão e o lar alicerçado na rocha que é Cristo Jesus.



           O divórcio não é a solução para os problemas conjugais. Embora seja uma saída para alguns, sempre trará dor e sofrimento. Busque a Deus em oração, força, fé e discernimento a fim de que, se o seu relacionamento está em crise, sua aliança seja reestabelecida, se está firme, continue perseverando para que a sua aliança com Deus e o seu cônjuge não seja rompida!





A paz que excede todo o entendimento.





Ígor Queiroz

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Quando o homem se torna deus



Antropocentrismo X Teocentrismo

Um contraste nos parece bem evidente ao lermos o título deste artigo, não é mesmo?! Pois bem, é exatamente sobre esse embate desproporcional que quero discorrer. A princípio, vamos esclarecer os termos acima citados.  O antropocentrismo representa o homem como o centro de tudo, portanto, afirma ser autossuficiente em todas as suas necessidades. E Teocentrismo, um termo que nos traz o sentido, a partir da junção de duas palavras: Deus (do grego "Theos") e “centrismo” derivado da palavra centro, de que Deus é o centro de tudo que existe nos céus e na terra, ou seja, tem o domínio, Poder e Soberania sobre tudo que Ele criou, até mesmo sobre a vida humana. Neste sentido, Deus passa a ter o reconhecimento que a Ele é devido: Criador de todas as coisas e Autor da vida humana. Portanto, Aquele que é Poderoso para controlar, intervir e agir em qualquer situação, inclusive do homem e principalmente deste.

Afirmo ser um embate desproporcional por questões inequívocas e inconfundíveis: A Bíblia manifesta a ideia de desproporcionalidade entre a Supremacia Divina em contraste com a fragilidade da autossuficiência humana ao revelar textos como: “Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Salmos 95.3-6). Ora, se Deus é o Criador do próprio homem, este não é autossuficiente, pois depende do fôlego de vida para a sua existência “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2.7), “Na sua mão (Deus) está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana” (Jó 12.10) e “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1 Samuel 2.6).

Apenas em um único quesito, o da vida, o homem perde o embate com Deus ao hesitar afirmações de não depender de nenhum “Ser supremo” pra se sustentar em seus projetos. Outro quesito poderia destacar: a auto existência, a exemplo, é um princípio que o homem não detém, pois este foi formado por Deus, e não passou a existir a partir “do nada”; sendo assim, Deus é quem possui o princípio da auto existência, ou seja, Ele existe por si mesmo, ninguém O criou: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.” (Salmo 90.2).   Mesmo sem dar a Deus o reconhecimento devido, o homem antropocêntrico depende da vida ofertada por Ele para levantar, ver o sol nascer por mais um dia e obter, pela misericórdia de Deus, a chance de poder conhecer, prestar reverência e adorar ao Dono da Vida: Deus; sabendo que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.22). Do contrário, as chances vão diminuindo ao ponto de um dia Deus dar um limite final para sua criatura que se volta contra o seu criador, ou seja, que vive ao seu bel prazer, que não se submete à Sua Palavra e ao seu Senhorio, bem como ao padrão de vida santa estabelecido pelo Senhor. A sentença de Deus é evidente: “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12.20), “esse é o destino de todo o que se esquece de Deus; assim perece a esperança dos ímpios. Aquilo em que ele confia é frágil, aquilo em que se apóia é uma teia de aranha” (Jó 8.13-14).

Por fim, afirmo ser um embate ou disputa, porque o homem quando se torna “deus”, em sua arrogância, não ousa reconhecer a sua dependência a Deus, mas se colocar no lugar de Deus, um orgulho tamanho e maligno à baixeza de achar-se autossuficiente. Tal embate entre o Criador e sua criatura tem registros históricos desde fatos como a rebelião de Satanás que quis usurpar o trono de Deus; a torre de babel, quando os homens resolveram construir o seu próprio caminho para os céus (Gênesis 11.3-4); o próprio povo de Israel que levantou um bezerro de ouro para, com suas próprias mãos, portanto pela sua autossuficiência, providenciar o seu próprio deus “E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito” (Êxodo 32.4); a era humanista, transição entre a idade média e o renascimento em que passa-se a valorizar  o homem em detrimento de Deus, uma saída da “idade das trevas” (em que o conhecimento era dominado pela religião católica, embora essa não traria respostas fiéis quanto as indagações sobre a vida e sobre o universo acerca do que a Bíblia tem a nos revelar)  para a “era do iluminismo”, quando o conhecimento passa a ser centrado nas respostas humanas e de caráter científico, com se as revelações bíblicas não fossem suficientes para as questões mais intrigantes sobre a vida. Hoje, podemos atestar, pelos avanços do próprio conhecimento humano e científico, que a Bíblia pode ser confirmada em suas revelações e narrações históricas como autêntica por meio da arqueologia, do design inteligente, entre outras ciências).

Existem tantas ideias filosóficas antropocêntricas pairando como fundamento em religiões que afirmam não necessitar de Deus para alcançar a felicidade plena, e há as que não necessitam de Jesus, o único caminho, a verdade e a vida (João 14.6), para chegar a uma comunhão plena com Deus, apresentando outros mediadores e, outros até afirmam que “todos os caminhos levam a Deus”. Há também aquelas que, com suas próprias mãos, criam o seu deus e, por uma atitude de “autossuficiência”, acreditam poder prover e estabelecer para si mesmos um “ser supremo”. Entretanto, precisamos reconhecer que só há “um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2.5); que Deus domina sobre todas as coisas, que dependemos da sua graça, do seu amor e da sua misericórdia para termos uma vida plena de gozo e de paz. Não precisamos criar nossos próprios meios para alcançarmos a felicidade plena, precisamos é nos esvaziar dos nossos orgulhos e soberba, nos curvar e ajoelhar diante do Senhorio de Cristo para entregar nossa vida a Ele, e passarmos por então da condição de criatura para filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1.12). Lembre-se, não busque a autossuficiência, pois esta é uma atitude que afronta ao Criador, é uma tentativa de rebelar-se e de declarar que não precisa do seu Criador para existir e desfrutar de uma vida plena de gozo e de paz. Busque reconhecer que sem o Criador, nós, enquanto criatura, não passamos de um projeto sem atingir o seu real objetivo: glorificar a Deus e declarar que a nossa suficiência vem dEle:


“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.” 2 Coríntios 3:5

“tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor”. (Salmos 150.6).

“Ele domina eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes.” Salmos 66.7



Na comunhão do Espírito,




Italo B Queiroz

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A PROSPERIDADE QUE VEM DE DEUS






“A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo”. (Efésios 3:8)
            

            Caros amigos e leitores, “todas as coisas nos céus e na terra” foram criadas por Deus, “tanto o ouro como a prata” O pertencem. (Colossenses 1:16; Ageu 2:8) Diante desta informação, é correto pedirmos riquezas ao Dono de todas as riquezas? Afinal, Paulo aos efésios pregou ‘aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo’.
            É com grande frequência que vejo pessoas procurando e buscando a Deus por interesses materiais. Talvez, pelo fato de saberem que Deus, o Dono e Criador de tudo, é Poderoso o suficiente para abençoar rica e financeiramente uma pessoa. É verdade, mas daí também surge uma grande armadilha utilizada pelo inimigo! O que estas pessoas não entendem é que estão buscando Deus pelos motivos errados. Para entendermos melhor, analisaremos duas questões: quais riquezas de Cristo tratava Paulo e qual a verdadeira prosperidade que vem de Deus.
            As insondáveis riquezas de Cristo transcende toda e qualquer riqueza da terra. É a riqueza da graça de Deus, mediante o sangue de Cristo, na qual fomos remidos dos nossos pecados. (Efésios 1:7) Não há riqueza maior para um ser humano de que obter a salvação e vida eterna, mediante Cristo Jesus. (João 3:16) E é através dessa inestimável riqueza que somos agraciados com a verdadeira prosperidade que vem de Deus.
            A prosperidade que vem de Deus é alcançada através de Cristo, “que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual”. (Efésios 1:3) A prosperidade de Deus não está em bens materiais, ou ‘tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam’, mas ajuntada em ‘tesouros no céu’, que são: a vida eterna e as recompensas pelas obras efetuadas enquanto cristãos na terra. (Mateus 6:19, 20) Aqueles que buscam a Deus atrás de recompensas materiais são como sementes da Palavra de Deus que caem entre os espinhos e a “fascinação das riquezas sufocam a palavra”. (Mateus 13:22) Não é por acaso que Cristo afirma aos discípulos o “quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas”, pois “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. (Mateus 10:23, 25)
            A promoção para a crescente busca de fiéis às igrejas movidas pela teologia da prosperidade deve-se aos falsos ensinamentos promovidos por falsos mestres. E, por consequência, estes “que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males: e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé.” (1 Timóteo 6:9, 10) A verdade é que Deus não nos garante bênçãos materiais, embora Ele possa sim nos abençoar, pois a verdadeira prosperidade garantida por Deus são as bênçãos espirituais.
            Portanto queridos amigos, não incorramos no erro de buscarmos a Deus com segundas intenções, porque a nossa prioridade deve ser sempre buscar “primeiro o reino de Deus e a sua justiça”. (Mateus 6:33) Deus deve ser o nosso único e principal foco, pois “ninguém pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus 6:33; Lucas 16:13).
            Que o nosso propósito seja de buscar o Abençoador e não as bênção que Ele pode nos oferecer. Porque a maior riqueza que temos é a graça de Deus, mediante a morte sacrificial de Cristo, que nos libertou da condenação do pecado e nos vivificou para uma vida eterna e gloriosa com Cristo Jesus.

Não se esqueça, “onde estiver o teu tesouro, ali também estará o teu coração.” (Mateus 6:21)

Rodolpho R. Soares

terça-feira, 22 de setembro de 2015

DEUS NÃO SE ESCONDEU DO HOMEM, NÓS É QUE FUGIMOS DE SUA FACE



(Gn 3: 6-10)

      Após comer o fruto proibido por Deus o homem teve seus olhos abertos, e percebeu que estava nu. As consequências do pecado geraram grandes consequências na vida do homem. O homem tentou se esconder da presença do Senhor, pois o pecado causa vergonha e medo, e a inocência original foi perdida. “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.” (Gênesis 3:7) “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.” (Gênesis 3:8). Adão viu sua nudez, sentiu sua nudez e se escondeu. Desde então, todo homem foge da presença de Deus. Nenhum homem busca a Deus. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. “Não há quem faça o bem, não há nem um só.” (Romanos 3:10-12).

      Daí vemos a depravação do homem. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Isso mostra a cegueira espiritual por causa do pecado original em seu coração, pois o coração do homem é mau. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” (Mateus 15:19).Por isso Adão fugiu, por causa do seu coração que se tornou mal através do pecado. Mas Deus pela sua infinita misericórdia veio nos resgatar e nos dar vida, e vida em abundancia, “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. (João 10:10) “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. (Lucas 19:10). “E vós outros estáveis mortos por vossas faltas, pelos pecados.” (Efésios 2:1)

      Sem Cristo o homem esta morto espiritualmente, sente vergonha e se esconde de Deus, se esconde na religião, se esconde atrás de bens materiais, mas nada disso vai trazer paz aos nossos corações aflitos. “Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -,juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.” (Efésios 2:4-6) Isso se chama as Boas Novas, não precisamos mais nos esconder e nos sentir envergonhados, Jesus veio nos perdoar, levar nossos pecados e nos dar uma vida nova. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17).

        E você esta se escondendo de Deus? Deixe sua rebelião, não fuja de sua presença algo que é impossível, deixe Deus mudar sua vida e sua historia, confesse seus pecados. “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:8-9).

        Neste momento faça uma analise de sua vida, não se esconda de Deus, “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” (Isaías 55:6,7) 


                                                                                                           
       Em amor,


                                                                                                                                            Bruno Lima

domingo, 20 de setembro de 2015

Salvo e Desigrejado, é possível?


Salvo e desigrejado, é possível?

Não vou à igreja, mas sou salvo e continuo servindo ao Senhor...
Não estou entre os cristãos, mas continuo obediente a Deus...
Não me submeto a pastor/líder, só a Deus, por isso sou salvo...

É cada vez maior o número de adeptos das afirmações acima, são os denominados “desigrejados”, aqueles que deixaram a comunhão dos santos, e que, na maioria das vezes, se autoproclamam salvos em Cristo Jesus. Todavia, antes de responder à pergunta aposta no título, creio ser necessário delimitarmos melhor o conceito do “crente desigrejado”. 

Convencionou-se chamar de “desigrejado” aquele que já esteve entre os convertidos, já fez parte do rol de membros de uma igreja e quem sabe, até participou ativamente dos trabalhos eclesiásticos, mas, em algum momento por alguma razão, deixou o convívio dos irmãos e adotou um estilo de vida e rotina avessos aos dos convertidos. São os egressos da casa do Pai.

Grande parte dos integrantes deste grupo negam que a sua ausência nos templos e cultos públicos implica em negar-lhe a realidade de salvação, pelo contrário, muitos se colocam em certa posição de “maturidade espiritual”, afirmando que “não precisam mais desta comunhão sob a liderança de um pastor ou outro”.

A par de tais fatos, indaga-se: à luz da bíblia, é possível viver fora da comunhão dos santos, ausente da igreja do Senhor e ser salvo? Estabeleçamos algumas premissas. Inicialmente, viver na comunhão dos santos, isto é, entre os regenerados em contínuo serviço, admoestação e obediência ao Senhor é bíblico e necessário. O sacrifício de Cristo se deu por Sua igreja, cujo corpo deveria aguardar reunido e em plena comunhão a Sua volta. Em parte alguma do evangelho recomenda-se a vida isolada ou apartada de outros convertidos, pelo contrário, o Senhor instituiu a Sua igreja e a necessária perseverança dos seus membros quanto ao convívio e crescimento conjuntos.

Aliás, viver entre os santos é uma das evidências daquele que foi regenerado pelo Espírito Santo: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo, 1:7). O novamente nascido, recebedor de uma nova vida e mente de Cristo não somente precisa ser parte de Seu Corpo quanto ama esta realidade. Apesar dos problemas e divergências naturalmente decorrentes dos relacionamentos interpessoais ao longo dos anos, o salvo compreende sua posição de membro do corpo do Senhor e concebe a comunhão dos santos enquanto instrumento de Deus para forjamento do caráter de Cristo em si.

Assim sendo é ABSOLUTAMENTE IMPOSSIVEL que um regenerado siga no caminho estreito sozinho, à revelia da convivência com outros salvos. Esta situação é incompatível com a obra salvífica operada pelo Espírito Santo, afinal de contas, estaria o mesmo Deus compelindo o ser humano a agir em desconformidade com Sua palavra? A pergunta é retórica, Deus não é deus de confusão!

Em linhas objetivas, rejeitar a convivência entre os irmãos, no seio do Corpo de Cristo, é uma atitude pecaminosa, não condizente com aquele que professa fé e salvação em Jesus. Sobre isso, o escritor de Hebreus disse: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb, 10:24-25).

Sobre as recomendações bíblicas de amor fraternal entre os irmãos, crescimento mútuo e suporte constante entre uns e outros, não haveria lugar nesse texto para tantas referências. Como exercitar esses deveres longe da congregação? Como não atender às ordens do Senhor e ao mesmo tempo querer acreditar estar sob a Sua vontade? Eis uma questão contraditória.

Assim sendo, patente o pecado daquele que se evade do corpo de Cristo, não há qualquer possibilidade de um regenerado adotá-lo, sob pena de não ter nascido da água e do Espírito. Veja 1 João, 3:9: “Qualquer que é nascido de Deus não permanece na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.

A grande verdade por trás de um egresso da igreja do Senhor ou desigrejado é, na maior parte das vezes, a presença de um velho homem não transformado, incapaz de se submeter ao senhorio de Cristo, impassível de obedecê-Lo ou de sujeitar-se a Ele. É como exigir de um porco que se aparte da lama e passe a viver como ovelha. Fora da obra redentora, isso jamais será possível.

Nestes termos, apesar da capacidade mental e criativa humana de criar as mais diversas desculpas e argumentos vazios para explicar a condição de um desigrejado, frise-se, sempre pondo a culpa sobre outros, a verdade acerca destes se encontra retratada em 1 João 2:19: “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós”.

No amor de Cristo,
Carol Montilari.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

DEVO SENTIR VERGONHA?


"Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer jamais será envergonhado." - (Rm 10:11)
    
      Vergonha. Quem nunca sentiu? Um dos sentimentos mais comuns na humanidade. Seja de algo, de alguém ou de uma situação, você já sentiu ou sente vergonha. Mas, o que a bíblia me fala sobre isso? Esse sentimento pode ser alguma vez pecaminoso ou necessário? Como sempre, a Palavra da Verdade tem respostas firmes e esclarecedoras para fundamentarmos nossa vida. Analisemos.
    O terapeuta John Bradshaw diz que vergonha é: "Uma emoção dolorosa, causada por uma consciência de culpa ou imperfeição, ou inconveniência". Apesar dessa definição não exibir a doutrina bíblica sobre a vergonha humana, ela serve de amparo para entendermos esse sentimento na maioria das pessoas. Podemos identificar que quando alguém está envergonhado, pode ser por três motivos, são esses: 1 - Sentimento de culpa (você agiu contra o que diz sua consciência), 2-Imperfeição (quando achamos que deveríamos ter feito algo com mais excelência) ou 3- Inconveniência (você resolveu visitar um amigo, sem avisar, e quando chega na casa dele está ocorrendo uma reunião de família). Vemos nesses conceitos que o zelo da pessoa não é com outra coisa senão com o seu próprio ego, sua própria imagem. Na bíblia, existem situações em que a vergonha é Apropriada e em outras é Inapropriada. A vergonha apropriada é aquela que deve-se sentir por ter desonrado à Deus e a Inapropriada é a vergonha sem motivo, que não promoveu nenhum mal e não desonrou a Deus.  Paulo diz a Timóteo que não é pra ele sentir vergonha das prisões pela causa do evangelho: "Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus"(2 Tm1:8). Quantas vezes um  jovem é escarnecido, zombado por colegas ou amigos (até dentro da igreja) por não fornicar? E a grande maioria sente uma vergonha que é inapropriada, porque está honrando a Deus e não ao contrário. Honrar ao Pai tem que ser motivo de alegria. A igreja de Corinto estava se deixando levar por seitas que pregavam o batismo pelos mortos, por desleixo em conhecer a Palavra, e Paulo escreve a eles, dizendo: " Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa." (1 Cor 15:34). É causa de vergonha para nós cristãos não crescermos no conhecimento da palavra, deixando aqueles que nos são mais próximos sem esclarecimento da mesma, seja em casa, na universidade, no trabalho ou em uma reunião de amigos. Mesmo sabendo que o sangue de Cristo é poderoso para o perdão de todo pecado, aquilo que eu faço que vai contra o que O Senhor ensinou deve me causar vergonha, se sou verdadeiramente nova criatura. Outra situação é aquela que você se envergonha pelo o que andam falando de você, ainda mais quando se trata de uma mentira. Não baixe a cabeça, não se envergonhe. Olhe o que fariseus disseram de Jesus: "Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores." (Lc 7:34). Traduzindo na linguagem popular, chamaram Jesus, O Cristo, O Filho de Deus, de guloso e beberrão, quando nada disso ele era. Ele tinha prazer na comunhão dos seus em refeições não importando hora e lugar. Apenas isso. Sinta vergonha daquilo que desonra a Deus, se não desonra, passe por cima disso, ignore. Em tudo que é excelente Jesus é o modelo.
     Não sei se você está passando dificuldades ou sendo atrapalhado por um sentimento de vergonha que se encaixe nos conceitos não-bíblicos e bíblicos (principais) citados nesse texto, mas o encorajo a buscar o direcionamento de Deus em Sua Santa Palavra. Não se limite de forma gratuita, sofrendo por aquilo que não se deve sofrer, com vergonha inapropriada. Muito menos perca a sensibilidade de se envergonhar pelo pecado que venha a cometer na vida diária, pois essa vergonha é apropriada,  tal como sentiu o profeta Esdras pela "onda de pecado" em Israel na sua época: "[...] Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus." (Es 9:6). Se oriente em Deus, ore, confesse Cristo e tenha vida plena.
                                 
                                                                                             No amor de Jesus Cristo, 
                                                                                                                                            Rafael S. Lima

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Vômito de Deus


O Vômito de Deus

“Conheço as tuas obras, que nem és frio, nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. (Ap, 3: 15-16).

A partir do texto acima, retirado da Carta do Senhor à igreja de Laodicéia, indaga-se: Quem são os mornos? Quem são aqueles os quais o Senhor encontra-se a ponto de vomitar? Partamos do contexto em que o adjetivo é empregado. Veja-se. O “frio” é o indiferente, cuja postura estampa a ausência de qualquer compromisso ou vínculo com o Senhor Jesus e Sua Palavra. Sendo fria, esta pessoa não se esforça para indicar o contrário, mas assumiu sua frieza diante dos homens e de Deus sem qualquer constrangimento.

Por outro lado, o “quente” pode ser entendido como alguém regenerado, pessoa que vivencia a verdade do Evangelho e, diante de todos, assumiu seu compromisso e desejo de viver sob o senhorio de Cristo. O quente, como todo ser humano, cai e está sujeito à falha, mas isto não altera a posição uma vez assumida diante do Senhor, ele persevera em servi-Lo e obedecê-Lo.
E então? Parece mais fácil concluir quem seja o “morno”? Perceba que tanto “frios” quanto “quentes” tem algo em comum: ambos assumiram posturas diante de Deus, dos homens e de si mesmos. Ambos fizeram o que faltou ao “morno”, assumiram posição, convicção ou firmeza em suas condutas. Um para o declínio, outro para o progresso.

Pois bem. O “morno”, o que está a ponto de ser vomitado da pessoa de Deus, é alguém que conhece a Verdade, o Caminho e a Vida, mas tal conhecimento não gera em si uma tomada de posição. Popularmente falando, o “morno” é alguém “em cima do muro”, é o “crente Raimundo (um pé na igreja e outro no mundo)”, é aquele que se entregou parcialmente, que engana aos outros e a si mesmo sob o manto de uma espiritualidade aparente e fajuta, mas encontra-se mais dividido que um copo com óleo e água.

Pessoas que estão nas igrejas há anos, mas que nunca deixaram os velhos hábitos, posturas e pensamentos do velho homem, ou melhor, que nunca deixaram o velho homem morrer. Grupos que tem a igreja como uma espécie de clube social, onde o dízimo é a mensalidade e as pessoas se encontram para mostrar seus novos “looks”, colocar o papo em dia e se confraternizar. Pessoas acomodadas com seus estilos de vida, espectadores do Reino de Deus, estão entre os “quentes”, mas não há contrição de espírito, quebrantamento ou arrependimento, não conhecem nada de bíblia e o pouco que conhecem é o que se diz nos púlpitos. Jovens que vão à igreja com o intento de paquerar, tocar no louvor, sair depois do culto, entregar-se às suas próprias concupiscências!

Frise-se, dificilmente o morno vai admitir esta realidade, afinal de contas, é mais fácil acreditar na superficialidade de seu comportamento. Talvez você conheça pessoas assim, talvez você seja assim, alguém que está na igreja/templo, que ora, canta, até chora, parece “espiritual”, mas, lá no íntimo, não sente qualquer desejo de desfrutar de uma vida profunda com Deus, não tem interesse pela Bíblia e se sente facilmente atraído por tudo que é desagradável ao Senhor.

O “morno” é alguém chamado a assumir uma postura diante de Deus, dos homens e de si mesmo. Enfim, o que você quer? Acha mesmo possível continuar dividido entre Deus e o diabo? Entre o Senhor e o mundo? Entre a santidade e a devassidão? A estes Jesus declara: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. Embora pareça fácil e cômodo apresentar-se assim, fato é que o “morno” não herdará o Reino dos Céus, o “morno” jamais desfrutará de uma vida plenamente satisfeita em Cristo, o “morno” está fadado a uma existência de engano e vaidade.

“Porém se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estava dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js, 24: 15). Este convite é estendido a você neste dia: a quem você quer servir? Escolha hoje, posicione-se agora, assuma uma postura nesta hora, do contrário você estará servindo a qualquer coisa, menos a Deus.

Que haja despertamento e conversão, pois melhor seria que os “mornos” fossem “frios” do que estarem na igreja e caminhando para o inferno. Que o Senhor nos ajude e o Espírito Santo de Deus nos leve a perseverar e nos manter constantes na Sua presença.

No amor de Cristo,

Márcio Montilari.

sábado, 12 de setembro de 2015

VENCENDO A INCREDULIDADE





E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu! " (João 20:27,28)



           Na sociedade hodierna assistimos constantemente a luta e o esforço das pessoas que ora adotam estilo de vida baseado em seus princípios filosóficos, éticos e morais ou religiosos, outras que suas vidas não fazem sentido porque lhes falta fé, fazendo com que busquem meios impróprios, horóscopo, astrologia, práticas supersticiosas, etc. Outras desejam escolher entre a fé e a razão. É claro que a imagem é apenas uma mera ilustração/representação da aparição de Jesus ressurreto aos discípulos na presença de Tomé. Vamos entender sobre o que é a incredulidade.
            A incredulidade é a falta de fé. Em nosso relacionamento social entre os grupos seja entre família, amigos, universidade ou trabalho ouvimos alguém proferir a palavra cético. Pois bem, Tomé foi um personagem bíblico com essa característica que embora tenha sido um dos doze apóstolos, fiel para com Jesus, ao mesmo tempo foi incrédulo. Ficamos perplexos e nos perguntamos como é possível ser um cristão ateu?
            Dia desses vi na internet uma frase em slideshare (formato em apresentação de slides) que afirmava: “Incredulidade não é não crer. É crer cada um do seu jeito, ao invés de confiar integralmente na palavra”. Omar Nascimento. Spurgeon, pregador batista reformado britânico disse: “A incredulidade tem mais fases que a lua e mais cores que um camaleão”. A respeito de Tomé leia-se João 20:25: “Os outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor! " Mas ele lhes disse: "Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei".
            Por um momento Tomé usou a razão. O Jesus ressurreto tinha de ser tangível, palpável. Tomé enxergou as marcas dos cravos, o sofrimento de Cristo, mas não foi capaz de crer nos sinais do Mestre! Jesus se dispôs ensinar e aumentar a fé de Tomé. Pois quem se apresenta no meio de uma reunião entre pessoas tem a intenção de chamar a atenção a fim de evidenciar algum acontecimento. O verso 26 do mesmo capítulo destaca que as portas estavam trancadas. O evangelista João sustenta que o Mestre pôs-se no meio (centro) do recinto e desejou a Sua paz. Jesus fez questão de traspassar (atravessar) as paredes e se apresentou aos discípulos, em especial Tomé, não apenas para que acreditasse na Sua palavra quando prometeu ressuscitar entre os mortos, mas para ter fé na Sua divindade.
         A incredulidade é um pecado, mas é possível combatê-la. Devemos crer na autossuficiência de Cristo e na Sua palavra que é verdadeira e poderosa. Leia-se a exortação do escritor aos Hebreus 3:12 “Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo”.


Para vencer a incredulidade lembre-se o que Jesus disse: Pare de duvidar e, creia!


Ígor Queiroz

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

QUAL O PROPÓSITO DA VIDA?


“Muitos são os planos do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor”. (Provérbios 19:21)
  
         
            Pense em uma grande criação do homem. Pensou? Com certeza, qualquer criação que você tenha imaginado foi criada para um propósito específico. Da mesma forma somos nós, fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1: 26), com objetivos bem definidos. Portanto, assim como um grande inventor pode descrever o propósito da sua obra, Deus, o nosso Criador, através da Sua Palavra, a Bíblia, deixa claro sobre qual o propósito da vida.
            Podemos destacar quatro propósitos bem definidos por Deus ao formar o homem. O primeiro propósito para a vida do homem foi ser feito à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27), ou seja, foi criado para ter características morais e naturais, de vida e personalidade, semelhantes à de Deus. O Segundo propósito foi de o homem ter domínio e autoridade sobre toda a terra (Gênesis 1:26), onde o homem foi incumbido por Deus de dar nomes aos animais e guardar e cultivar o jardim do Éden (Gênesis 2:15, 19). O terceiro foi de o homem ter relacionamento e comunhão plena com Deus (Gênesis 2:16, 17; 3:8), com livre acesso. O quarto foi de ser criado para viver em sociedade (Gênesis 2:18), constituindo famílias (Gênesis 2:24, 25). Estes foram os propósitos de Deus para a vida do homem, logo após a sua criação. Entretanto, após o pecado de Adão, novos propósitos foram incumbidos ao homem.
            O primeiro propósito de Deus para a vida do homem foi manchado, pois ao pecar, o homem perdeu a semelhança moral, que está relacionada a uma vida pura, sem pecado, porém manteve a semelhança natural, que é composta pelo intelecto, desejos, vontades e emoções (Gênesis 9:6; Tiago 3:9). O segundo propósito também foi alterado, pois a terra foi amaldiçoada por causa do pecado do homem, onde este agora seria condenado a trabalhar de forma exaustiva para prover o seu sustento e o de sua família (Gênesis 3:17-19). O terceiro propósito também teve o seu efeito, pois ao pecar o homem teve a sua comunhão com Deus quebrada, onde foram expulsos do jardim, separados da santidade de Deus (Gênesis 3:22-24), porém restaurada hoje por Cristo Jesus (João 14:6). E o quarto propósito de Deus para a vida do homem foi parcialmente afetada, pois o homem, embora esteja inserido em um meio social, não consegue ter bons relacionamentos com esta (1 Timóteo 3:2-4).
            Todos nós pecamos e, por consequência do pecado, morremos (Romanos 6:23a). Este é o resultado do pecado de Adão, que se estendeu a toda a humanidade (Romanos 5:12). E é, exatamente, por este motivo que os propósitos pelos quais Adão foi criado não se estenderam a toda a humanidade. Entretanto, a comunhão que um dia foi quebrada, foi, também, reconciliada através de Cristo (Romanos 5:11, 15). Desta forma, embora a humanidade esteja condenada à morte, por conta do pecado, esta mesma humanidade recebeu, através da morte de Cristo, justificação que dá vida (Romanos 5:18). Cristo veio para “salvar o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21) e dar vida eterna para todo aquele que nele crer (João 3:15). Portanto, a salvação só é possível através de um único caminho, Cristo (João 14:6. Atos 4:12), mas para isso é preciso conhecê-lo e buscá-lo, aceitando-o como único Senhor e Salvador de nossas vidas.
            Queridos amigos, Deus, o nosso Criador, delegou um propósito para as nossas vidas, dentre todos os propósitos que temos, um que é a síntese: glorificar a Deus e fazer a Sua vontade (Efésios 1:11) que envolve, primeiramente, conhecer a Cristo e aceitá-lo como seu único Senhor e Salvador, através de Sua morte sacrificial, como pagamento de pecados, e de Sua ressurreição, como garantia de vida eterna (João 3:16). Sem este propósito todos estaríamos condenados a um mesmo final, a condenação.
            Que reconheçamos que só há perdão de pecados, através de Cristo, que é o único caminho para a salvação da humanidade. E que todo aquele que ainda não reconheceu esse propósito para a sua vida, que tome a sua decisão e deixe Cristo reinar e transformar a sua vida, dando um propósito a ela.
Rodolpho R. Soares


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

QUANDO O SOFRIMENTO BATER A SUA PORTA

Texto: 2 Samuel 12:15-25




        Somos frágeis e vulneráreis, temos um limite que nos marca, mas esse limite não pode nos determinar, sofremos porque somos limitados, não temos como negar essa realidade, o que precisamos é assumi-la, mas de um jeito certo, o sofrimento é destino inevitável, porque é fruto do processo humano. As perdas da vida são dias sombrios em nossa trajetória todos nós já experimentamos ou um dia vamos experimentar a perda. Perda de um ente querido, perda de alguém que se ama, perda de um emprego, perda de amigos. A perda é um evento que nos machuca, nos faz sangrar, provoca um sentimento de dor, de falta, de ausência. A perda deixa um buraco em nossa alma, em nossa existência.
       Vamos aprender com Davi como superar a perda. O que mais me chama atenção no texto de 2 Samuel 12:15-24 é a maneira como Davi reage à morte de seu filho. Davi poderia ter mergulhado numa crise espiritual. A depressão poderia tê-lo escravizado. O sentimento de culpa poderia tê-lo feito refém. Sua relação com Deus poderia ter sido afetada, afinal, suas orações não foram atendidas, o seu jejum não surtiu nenhum efeito. Contudo, Davi nos mostra que é possível superar a perda. Este episódio na vida de Davi nos ajuda a fazer o que é certo quando tudo está errado. Aceite aquilo que você não pode mudar, não estamos no controle da vida, Deus é que está, em Salmos 46 fala: "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". Deus está no comando e muitas vezes não compreendemos Sua vontade. Há pessoas que passaram por experiências tão dolorosas em suas vidas que a vida se tornou pior do que a morte. Davi reagiu de uma maneira totalmente diferente. “Então, Davi se levantou da terra...” (v.20). Por conseguinte, Davi “lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do Senhor e adorou” (v. 20). Davi percebeu que não poderia ficar a vida inteira de luto. Diante da incapacidade de reverter àquela situação, ele resolve aceitar. Não sei quais foram suas perdas, sei que pode ser muito difícil o que você esta passando neste momento, não estou pedindo para você não sofrer ou não chorar, sinta sim o luto, mas não deixe o sentimento de angustia tomar conta de sua vida, deixe o luto aos pés da Cruz, o passado é algo que definitivamente não temos poder para mudar.
       Temos que prosseguir mesmo com o coração machucado, sabendo que tudo tem seu tempo. "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz." ( Eclesiastes 3:1-8). Por mais difícil que pareça quando o sofrimento bater a sua porta, não o convide para entrar, traga em seu coração o que diz em Eclesiastes 3:1-8. Todas as coisas tem o seu começo, meio e fim. O fim é inevitável e temos que estar preparadoS para as perdas da vida. Se hoje a vida lhe apresentar motivos para sofrer, ouse olhá-los de uma forma diferente.


                                                                                                                        Bruno Alves de Lima Melo

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Deus está em meu coração e meu coração está em Deus?


Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. 23. Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada. 24. "Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou". João 14.21,23-24.


     Muitos dizem ser seguidores de Cristo, que O ama, que O busca e O adora, entretanto não corresponde tais declarações às práticas de vida "cristã". Está mais para uma vida devota de religiosidade medíocre, que se preocupa mais com os rituais religiosos do que um relacionamento sério e sincero para Deus. Se preocupa mais em dar uma resposta para a sociedade em dizer ser um cidadão de bem do que responder às expectativas sobre uma vida santa e temente a Deus segundo nos declara as Sagradas Escrituras.

     Viver para Deus é obedecer a Sua bendita e poderosa Palavra, é manter um padrão de vida estabelecido pelo Criador, e não viver apenas para cumprir horários de cultos ou missas aos domingos. O nosso amor a Deus está condicionado para a fidelidade aos seus mandamentos sem exceções, esses que se resumem em dois: "amarás ao Senhor de todo o teu coração, de todas as tuas forças e se todo o teu entendimento" e amarás ao próximo como a si mesmo". Por isso, quem ama a Deus, como supracitado o texto de João, guarda a sua palavra, e, portanto, Deus o amará e fará morada em sua vida. Não podemos afirmar que temos Deus em nosso coração, que vivemos para Deus ou que Ele se agrada do nosso modo de viver se não estivermos em consonância com a Sua Vontade. 

     Mas como saber qual é a vontade de Deus para termos uma vida de fato devota e temente a Deus? Observando às Escrituras Sagradas, são elas quem testificam e revelam a vontade de Deus para nós. Jesus disse que nós estamos errando por "não conhecer as escrituras, pois jugais ter nela a vida eterna" (João 5.39). Deus fala ao povo de Israel que este "perece porque lhes falta o conhecimento" (Oséias 4.6). Sem um conhecimento das Sagradas Escrituras não se pode conhecer e viver para Deus, pois tradições humanas são, muitas delas, invenções que nos afastam da revelação das Escrituras. Jesus combateu fortemente o costume de religiosos de sua época por estarem colocando certas tradições religiosas e humanas acima da autoridade das escrituras Sagradas, "invalidando os mandamentos de Deus" (Marcos 7.9). 

     Tem você vivido para agradar a Deus vivendo segundo o que nos ensina a Bíblia ou apenas vivido para agradar certas tradições humanas mantidas por religião e/ou seus familiares, e que muitas destas não tem respaldo bíblico, não tem sustentação alguma em ensinamentos ditos e determinados por Deus? Pedro afirma no livro de Atos que "importa mais obedecer a Deus do que aos homens". 

     Eu digo que amo a Deus, mas estou vivendo esse amor segundo os seus mandamentos? Deus está de fato satisfeito com minha forma de vida cristã? Viva para Deus segundo o que Ele nos revela em sua Palavra, e Ele estará com você em todas as situações, até ao dia do juízo final em que Deus irá citar seu nome como um dos que está escrito no Livro da Vida e que estará gozando de uma eternidade ao lado do Pai.



Na Comunhão do Espírito, 

Italo B Queiroz