Todos na mesma situação. E agora?

Caro leitor, as palavras que por ora escolherei serão ditas com muita cautela e temor a Deus, pois entendo que estarei transmitindo uma mensagem a um ser humano, que independentemente da sua cultura ou modo de vida se faz necessário tratar sem distinção ou preconceito, pois “todos pecaram e estão afastados da glória de Deus” (Romanos 3.23), ou seja, estamos na mesma situação diante de Deus, “somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe” Isaías 64.6.

Assim, Deus “não faz acepção de pessoas” (Romanos 2.11), o desejo dEle é “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.4). Embora sejamos pecadores, Deus nos proporcionou uma perfeita condição de desfrutarmos de uma rica comunhão com Ele, não por nossas obras “para que ninguém se glorie”, mas “pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efésios 2.8-9), tendo, portanto, ousadia para nos aproximar de Deus sem sentimentos de culpa, não olhando para o nosso passado, nem para nossos fracassos e derrotas, perdas ou decepções, experiências que deixaram feridas em nossos corações ou acusações referentes a nossa condição de vida que “não nos torna dignos” de buscar a Deus.

Para tanto, “Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!” (Romanos 5.8-10). “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação” (2 Coríntios 5.18-19).

Que amor tão lindo é esse de Deus por nós ao ponto de sacrificar o seu próprio Filho para que nossas culpas, nossas transgressões fossem todas lançadas sobre seus ombros. Jesus se fez maldito por nossas iniqüidades, foi “moído” e “humilhado”, mas como cordeiro mudo não abriu a sua boca e “pelas suas “pisaduras”, feridas e sofrimentos fomos sarados, “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Isaías 53.5). Não há religião, conhecimento filosófico, científico ou outro meio advindo de forças humanas que nos garanta sair da situação de criatura para filhos de Deus, de pobres pecadores para pecadores remidos, de escravos do mundo para servos de Cristo, de ímpio para piedosos, de condenados para justificados, pois “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12), apenas Jesus tem poder e autoridade para mudar nossa situação pecaminosa, de nos trazer a reconciliação e restabelecer a nossa comunhão com Deus, que um dia foi perdida no Édem.

Se todos nós estamos na mesma situação pecaminosa, a única esperança que nos resta é recorrer a Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas, ou seja, perceber que somos pecadores e que estaremos condenados a uma eternidade distante de Deus se não confessarmos nossos delitos ao Salvador Jesus, e após, deixarmos que Ele seja o Senhor de nossas vidas. Isso significa dizer que “não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20). Se você confessou seus pecados a Cristo e propôs em seu coração viver a Sua vontade, não lembre mais “das coisas que atrás ficam”, mas avance para as que estão diante de você (Filipenses 3.13), não permita que acusações, decepções, perdas, feridas em seu coração continuem como uma barreira que impede de aproximar-se de Deus, pois Jesus veio para desfazer as obras do diabo e nos dar vida com abundância. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17).


Na comunhão do Espírito,

Italo B Queiroz