quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O MAL QUE ME PERSEGUE




O MAL QUE ME PERSEGUE

O Cristão passa por problemas? Emocionais, conjugais, financeiros, etc? Com certeza a resposta é sim, porém existe um dilema enfrentado por todo cristão verdadeiro e que muitas vezes é deixado de lado, ou tido como menos importante, o mal que o persegue. Mas o que é esse mal? Simples, “eu mesmo”, o pecado que está em mim!

Desde a queda do homem em Gênesis 3, a humanidade tem se afastado de Deus e o responsável por isso é o nosso pecado, veja o que diz Isaías 59: 2 “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não ouça”. A natureza humana é má, não há um justo, nem um sequer, não há ninguém que busque a Deus, não há quem faça o bem, não há nem um só. (Romanos, 3: 9-11).

Muitos acreditam que são bons, que sua bondade advém de não matarem, roubarem, prostituírem-se, cometerem atos considerados atrozes, irem à igreja, trabalharem... Ninguém põe em descrédito sua própria justiça por uma “mentirinha”, um “pequeno furto no troco que veio errado”, um “pequeno calote”, um “pequeno adultério”, a falta de perdão, o egoísmo... Quanta ilusão! A nossa justiça não passa de trapos de imundícia (Isaías 64: 6), afinal, nosso parâmetro de santidade não é o da sociedade, e sim àquele indicado nas Escrituras. Falta-nos convicção de pecado. O pecado tem se tornado cada vez mais comum em nosso meio e nossas igrejas, não existe mais contrição de espírito, quebrantamento, pranto ou lamento pela nossa condição pecaminosa.

As pessoas choram pelos seus problemas pessoais, pela sua vitimização e crises, mas não sentem o peso de quando pecam contra Deus, e frise-se, todo pecado é, preliminarmente, contra Deus. Entenda que o pecado é algo que Deus ABOMINA, que Ele não tem parte, muito menos com aquele que vive escravizado na sua prática (Salmos 11: 5). Então o cristão não peca, irmão? Negativo, o cristão peca sim (Romanos 3: 23), mas ele não mais vive escravizado por um estilo de vida pecaminoso, o pecado é um intruso, uma circunstância extrema, anormal e episódica na vida do novo nascido (Romanos 6: 14). Eis o seguinte exemplo: quando o cristão genuíno mente, o Espírito Santo de Deus o incomoda, ele se sente mal, ele chora, ele se quebranta e se arrepende. Por outro lado, quando o ímpio mente (desprovido de novo nascimento e, portanto, de Espírito Santo), ele não vê problema, sequer percebe que errou, segue normalmente, deleita-se em pecar. Nesse último exemplo inserem-se alguns “cristãos” de nosso tempo, mentem, traem, maldizem, se orgulham e odeiam, mas justificam suas ações por uma “boa causa”, não enxergam qualquer anormalidade em seus procedimentos.

O pecado tem sido tratado de forma superficial, como algo normal, e não com a gravidade que impõe. Em confirmação a isso, pense: quantos pecados foram abraçados pela igreja neste século? Nem é possível contar... Querido, eu sei que você precisa de um milagre, de uma cura, eu sei que você está chorando pelos seus problemas, eu sei que você chora por um filho, por uma mãe, eu sei que você tem necessidades e Deus sabe também, Deus não se alegra com seu fardo, com sua dor, com seu infortúnio, não! Mas Ele está dizendo na Sua palavra que a sua maior necessidade não é da resposta, não é da bênção, mas da cura da sua alma. Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoareis os seus pecados, e sararei a sua terra. (2 Crônicas 7:14)

O mal que me persegue está em mim, sou eu mesmo, é a minha natureza má e caída. Sou falho, miserável pecador, porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. (Romanos 7: 19). Apesar desta realidade, o Senhor nos convida a viver a vida de Cristo, a pautar nossa conduta sob o controle total do Espírito Santo, não dando vazão à carne. O mal está em mim e permanecerá até que ganhemos corpos glorificados, mas durante esse período cabe a mim sujeitá-lo e fazê-lo sucumbir à vontade de Deus. Podemos resistir às tentações sim, inclusive de satanás (Tiago 4: 7), e Jesus nos deu exemplo prático de como fazer isso, através da própria Palavra! (Mateus, 4).

Que Deus possa derramar em nós quebrantamento, contrição de espírito e arrependimento, que possamos estar diante de Deus envergonhados pela imundície do nosso pecado, orando como Esdras: “Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus, porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até os céus”. (Esdras 9:6). Ainda é tempo de arrependimento!

Com a graça de Deus,
 
Márcio Montilari.

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